Miriam Blaylock (Catherine Deneuve), e seu companheiro John (David Bowie) tem uma vida excêntrica e relativamente agradável. Até que John começa a envelhecer em ritmo acelerado, sua expectativa de vida diminui drasticamente. O ex-jovem busca ajuda da médica pesquisadora de sono e envelhecimento Sarah Roberts (Susan Sarandon). Sem perceber a moça acaba se envolvendo na excêntrica vida do casal, e trona-se algo que nunca imaginou.
Achou minha sinopse introdutória vaga? Pois acredite a sessão vale ainda mais se você soubesse ainda menos que isso. Pois o suspense gótico é a melhor parte do filme. Tentar entender quem são Mirian e John, quais são suas habilidades, sabendo de que criatura se trata já é interessante. Imagina sem ter pista alguma. O nome disso? Suspense bem construído.
Os protagonistas são tão misteriosos quanto charmosos. E por mais que seus hábitos sejam estranhos ou mesmo inaceitáveis, é impossível não manter o interesse seja por sua origem, ou seu futuro. Bem como seu interesse por Sara. A dúvida se a personagem solucionará o problema de John ou apenas vai aumentar o quadro, é grande. E seja qual fosse o resultado, estaríamos torcendo, pela explicação ou o crescimento do mistério.
O elenco é afinado na estranheza. Deneuve com sua beleza fria e incompreensível. Sarandon, que na minha mente lembra apenas personagens, assusta tamanha sua fragilidade. O que dizer de David Bowie? Acho que agora conheço mais o trabalho dele como ator, que como músico. Preocupante para roqueiros? Para cinéfilos é divertido, assim como ator/astro do rock parece se divertir (apesar do papel melancólico), ao envelhecer tão rapidamente.
A direção de arte não deixa dúvidas. Caso não tenha lido a ficha do filme, vai descobrir logo na primeira cena quando se passa o longa. Todo o "estilo" dos anos 80 está lá. Seja nas roupas, cabelos, ou no estilo gótico da vida vampiresca. Ops! Spoiler.
Não se preocupe com esse mero spoiler (até porque, se não reparou estamos em pleno mês dos vampiros aqui no blog, dã!), pois esses vampiros oitentistas, tem sua histórias, características e hábitos próprios. Extremamente interessantes e coerentes (é nada de bilhar feito purpurina ao sol). O filme ensaia até uma explicação cientifica para a sua condição. E o melhor grande parte fica a cargo da nossa imaginação.
Estranho como o visual dos anos 80, é um filme que não sabemos se adoramos ou odiamos ao terminar de assistir. Mas que algum tempo depois percebemos que amamos a experiência. Será que é assim que nascem os "cults"?
2 comentários:
Catherine Denueve bellisima.
E não é?!!
Perfeita para o papel de "ser inalcansável"!!!
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