Que me perdoem os fãs de Greta Garbo, mas não gostei de Mata Hari (Mata Hari, 1931). Greta vive a lendária espiã francesa, mas com alguns trejeitos imperdoáveis de afetação. Ok, posso estar pre-julgando a diva, pois este foi meu primeiro filme dela. Mas achei bem forçado o estilo de Mata Hari na tela.
As maquinações e elaboradas estratégias para camuflagem de espiões, as intrigas de guerra... Tudo me passou meio despercebido quando Garbo entra em cena. Talvez o filme tenha feito tanto sucesso e causado rebuliço pela sensual dança e figurino ousado para uma diva, à época. Nisso posso dizer que ela fora ousada. Colocar a barriga de fora e dançar lascivamente perto de uma estátua de Buda realmente foge dos padrões das divas, que andavam cobertas de jóias e pérolas e casacos de pele. Se bem que os vestidos usados por ela depois também eram luxuosos, mas, digamos, mais práticos do que os das grandes damas da sociedade a que as outras atrizes interpretavam em outros filmes contemporâneos. E dá para perceber que o filme foi feito para que Greta Garbo fosse louvada. As outras personagens parecem somente povoar o cenário.
A única parte do filme que eu realmente gostei foi o final, super comovente. Hari estava apaixonada por um oficial a quem ela havia sido encarregada de espionar, e essa paixão acabou por arruinar seu disfarce: o outro oficial, a quem ela também espionava, descobriu o romance e seu disfarce; sua morte foi o estopim para que Mata Hari, a famosa dançarina, fosse descoberta como espiã e sua frustrada tentativa de se desligar da espionagem a levou a ser presa. Seu amado havia se tornado cego após a mal-sucedida tentativa de retornar à sua base com as informações que ele precisava entregar. Ele fora poupado de saber que Hari havia sido presa (ela havia escrito a ele para dizer que havia sido internada em um hospital psiquiátrico após um surto) e que seria executada por traição. Quando ele entra em sua cela para consolá-la, enquanto o carcereiro e as freiras encarregadas dela fingem ser a equipe médica responsável pela sua falsa cirurgia, ali sim eu me senti atraída pelo filme. Foi emocionante, ainda mais pelo sofrimento da fala de Hari: "Quando, no futuro, ele tiver filhos e estes o perguntarem sobre Mata Hari, deixem que ele conte uma enorme mentira e seja feliz". Mas, como um todo, não consegui ser cativada pelo charme de Mata Hari.
3 comentários:
Este clássico eu ainda não conferi.
Até mais
Não agradou muito não Hugo, mas vale pela curiosidade.
Obrigada pela visita!!!
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