Ao visitar o orfanato do qual é benfeitor, o o jovem herdeiro Edward Morgan (John Boles), se encanta com as irmãs Blair. Mary (Rochelle Hudson) trabalha no lar de crianças enquanto a pequena Elizabeth (Shirley Temple) apronta muito ao alegrar suas companheiras e tentar cuidar de seu pato e seu pônei. Fingindo ser advogado de um rico benfeitor misterioso adota as meninas, que vão viver em sua casa de praia.
Este é o roteiro de A Pequena Órfã (Curly Top), e caso não tenha reparado não há grandes conflitos. É verdade, Edward mente para as meninas, mas quando resolve contar a verdade não é repreendido. Aliais ganha um prêmio, uma noiva. Logo, a coisa mais perigosa que acontece é Shirley Temple quase ser castigada.
Não que fosse preciso grandes dramas. Sempre ouvimos dizer que os filmes de Temple eram otimistas ao ponto de levantar o moral de uma nação em plena Grande Depressão. Entretanto não temos a noção do que se trata até assistir algum deles. São histórias pessoas em grande dificuldade mas que melhoram de vida graças ao otimismo, demontrado com músicas, e um pouci de sorte. O produto perfeito para aqueles dias em que sua mãe diz: muda de canal, não aguento mais as maldades dessa novela!
Shirley carrega o filme com seu carisma e fofura. O filme por sua vez é apenas uma grande vitrine para a garota, com muitos closes e bordões que a tornam ainda mais "gracinha". Além de músicas que apontam, "olha quanta coisa essa menina de apenas 6 anos sabe fazer". E por ela, o expectador fica.
Minha tia costumava dizer que algumas pessoas nascem com uma "estrela". Seja lá o que isso for, Temple tinha. De outra forma não manteria tantos expectadores satisfeitos com um filme que é apenas uma sucessão de vários momentos felizes.
0 comentários:
Postar um comentário