É serio que nos anos de 1980, o rock ainda era mal visto pelos "adultos". Os mesmos adultos que eram jovens quando Elvis e os Beatles arrebatavam a juventude? A premissa de Rock of Ages já começa a ser perder por aí. Não convence que em plena década de 80 o rock ainda fosse demonizado desta maneira.
Mas é por causa da propaganda contra que o Bourbon famosa casa de shows está em apuros financeiros.É lá que Drew (Diego Boneta) trabalha, e onde conseguiu um emprego para a recém chegada Sherry (Julianne Hough). Ambos aspirantes a estrela do rock, não demorou muito para a atração acontecer. É nessa mesma semana que a lenda do rock Stacee Jaxx (Tom Cruise) decide fazer um show na casa onde iniciou sua carreira, o que pode salvar a boate. É claro, a presença do astro, abala o recém-começado romance de uma vida.
Temos então um aspirante a cantor com medo de palco. Uma menina do interior com o coração partido. Uma estrela caída explorada pelo empresário inescrupuloso. E uma beata com dor de cotovelo empenhando uma caçada à boate mais famosa da cidade. O problema é que o medo de palco nunca chega a atrapalhar Drew. E Sherry parece muito moderninha para alguém do interior. O que não ajuda em nada a criar empatia com os nada carismáticos protagonistas, o que atrapalha o bom trabalho do resto do elenco.
E por falar no resto do elenco estelar. Paul Giamatti se diverte na pele do tal empresário. Enquanto o talento musical de Catherine Zeta-Jones é desperdiçado com a beata, que aparece um pouco mais que uma ponta de luxo. Russell Brand e Alec Baldwin funcionam em um inesperado dueto. Mas é Tom Cruise que rouba a cena. Saindo da sua zona de conforto interpretativo com o sua estrela do rock decadente e cheio de trejeitos que ora beira a depressão, ora a insanidade.
Apesar da eficiência da parte experiente do elenco, o roteiro ainda é previsível e cheio de furos. Como na sequencia que mostra a passagem de tempo entre a chegada de Sherry e o show de Jaxx. Deviam ser apenas alguns dias, mas até fazer aniversário a moça faz. Em uma montagem que dá a impressão de terem se passado meses. Piadas forçadas também ganham espaço aqui. Um cima do muro, esses absurdos não conseguem o resultado humorístico que pretendiam. Deixando o expectador pensando: em porque estamos vendo um número romântico em um banheiro imundo?
Tudo isso intercalado com músicas. Boas músicas dos anos 80. O repertório somado ao bom trabalho do elenco, e a surpresa da caracterização de Cruise é o que vale a pena. Então abrace o nonsense, o pieguismo, ignore os protagonista e só cante junto!
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