Transformar uma tia chata num balão, viajar num ônibus muito louco, voar num hipogrifo, poder voltar no tempo, um inimigo disfarçado, ter um padrinho que é um foragido da justiça e um professor que é um lobisomem. É, a vida de Harry não está ficando mais fácil - mas pelo menos, está ficando mais empolgante. Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the prisioner of Azkaban, 2004) é um filme repleto de surpresas, reviravoltas e mudanças. Muda o tom da história, que deixa de ser o deslumbramento com o mundo da magia, para um tom mais sério e sombrio. Harry agora é um adolescente, e as ameaças se tornam mais sérias e próximas. É hora de começar a entender o passado, aprender com os erros, tomar decisões.
A história no livro é bem complexa e cheia de detalhes, e o filme não deixou escapar essa aura de mistério que envolve a descoberta do passado na vida de Harry. O diretor do filme Alfonso Cuarón trouxe um clima mais soturno à trama, nada de cores muito fortes e alegres para Hogwarts. O inimigo agora estava muito perto, e Harry (Daniel Radcliffe) já não é mais apenas um garotinho. A verdade vem à tona da maneira mais louca e improvável possível, e quando tudo parecia estar perdido, uma solução improvável no mundo real (e completamente possível no mundo da magia) muda o destino de todos. O clima é tenso o tempo todo, mesmo quando há momentos de distração - uma simples visita a Hogsmeade desencadeia uma série de descobertas importantes que vão culminar em confrontos decisivos e surpresas.
Neste filme muita coisa não é exatamente o que parece: inimigos infiltrados e amigos onde menos se espera, inocentes condenados, passagens secretas, segredos revelados. Há tensão no longa do início ao fim. Tia Guida (Pam Ferris) inflando e a ameaça de Harry ser expulso de Hogwarts, o enorme cão preto à espreita antes de Harry convocar o nôitibus (uma sequencia engraçada e bem realizada, com efeitos especiais bem bacanas, diga-se), os dementadores revistando o Expresso Hogwarts e cercando o castelo, o sinsitro (mau presságio) aparecendo na borra de café e nas nuvens durante o jogo de quadribol, Bicuço (o lindo e adorável hipogrifo que o agora professor Hagrid [Robbie Coltrane] apresentou à turma) ameaçado de execução, a invasão de Hogwarts e o ataque à Mulher Gorda... Não foi uma ano mais fácil que o anterior - e olha que Harry matou um basilisco e enfrentou Voldemort em "pessoa"!
Nos primeiros filmes, Voldemort aparece "por acaso" lá pro finalzinho do filme. Então era meio lógico esperar que ele aparecesse também. Mas isso não acontece. Sirius Black (Gary Oldman, sempre perfeito) domina todo o cenário. Quem é esse cara? Porque ele está atrás de Harry? Como ele conseguiu passar pelos dementadores (tentebrosas criaturas que se alimentam da alegria das pessoas e as fazem enlouquecer com seus sofrimentos) e fugir de Azkaban? Essas perguntas tem uma resposta bem diferente da que poderíamos imaginar. O medo real do ataque de um mago porderoso e assassino parece muito mais provável nesse momento do que a volta do Lorde das Trevas. E é focado nisso que o filme se desenrola. Então a gente percebe que persongagens secundários não são assim tão desnecessários quanto a gente imagina.
Ponto para o diretor, que traduziu perfeitamente essa penumbra (inclusive na fotografia do filme, perfeita transição para as sequencias cruciais) de medo e inquietação. A escolha de Gary Oldman para o papel de Sirius dá credibilidade ao personagem complexo - cara de louco e de poucos amigos, emocionado e quase envergonhado ao chamar Harry para que se, um dia, ele quisse , ele pensasse na oportunidade de ir morar com ele. Sim, sou fã do cara.
O post está meio entruncado, eu sei. Mas eu quis aproveitar alguns trechos de outros textos que eu tentei escrever sobre o filme. Foram inúmeras tentativas de criar um post decente sobre ...Azkaban. É difícil pra mim focar em algum fio condutor. Esse é um dos meus filmes preferidos da saga (até agora) e um dos livros que mais gostei (só perde para o sexto livro). É muita coisa pra falar: a mudança de ator para o papel de dumbledore (que, na minha opinião, foi boa. Sempre havia imaginado o velhinho um pouco mais ativo), Gary Oldman, Mapa do Maroto (juro solenemente que não farei nada de bom!), Emma Thompson (forçada no papel, mas eu adoro a Trelawney... tão avoada, coitada!), Perebas é o vilão da história, o vira-tempo da Hermione, o soco que ela dá na cara do Malfoy, Bicuço é uma feliz realização de criatura mágica (diferente dos centauros e de Aragogue, por exemplo, que ficaram meio "mais ou menos"). São coisas queridas demais, e eu tenho certa tendência a ser prolixa. São muitos detalhes que me chamam a atenção nesse filme, e acho difícil não conseguir falar de todos eles sem fazer desse post um "Tratado sobre Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban". Então aproveitei os melhores pedaços e aqui faço meu mea culpa. mas fiquem despreocupados, já estou me preparando para o Torneio Tribruxo - afinal, só os fortes sobrevivem.
Nos primeiros filmes, Voldemort aparece "por acaso" lá pro finalzinho do filme. Então era meio lógico esperar que ele aparecesse também. Mas isso não acontece. Sirius Black (Gary Oldman, sempre perfeito) domina todo o cenário. Quem é esse cara? Porque ele está atrás de Harry? Como ele conseguiu passar pelos dementadores (tentebrosas criaturas que se alimentam da alegria das pessoas e as fazem enlouquecer com seus sofrimentos) e fugir de Azkaban? Essas perguntas tem uma resposta bem diferente da que poderíamos imaginar. O medo real do ataque de um mago porderoso e assassino parece muito mais provável nesse momento do que a volta do Lorde das Trevas. E é focado nisso que o filme se desenrola. Então a gente percebe que persongagens secundários não são assim tão desnecessários quanto a gente imagina.
Ponto para o diretor, que traduziu perfeitamente essa penumbra (inclusive na fotografia do filme, perfeita transição para as sequencias cruciais) de medo e inquietação. A escolha de Gary Oldman para o papel de Sirius dá credibilidade ao personagem complexo - cara de louco e de poucos amigos, emocionado e quase envergonhado ao chamar Harry para que se, um dia, ele quisse , ele pensasse na oportunidade de ir morar com ele. Sim, sou fã do cara.
O post está meio entruncado, eu sei. Mas eu quis aproveitar alguns trechos de outros textos que eu tentei escrever sobre o filme. Foram inúmeras tentativas de criar um post decente sobre ...Azkaban. É difícil pra mim focar em algum fio condutor. Esse é um dos meus filmes preferidos da saga (até agora) e um dos livros que mais gostei (só perde para o sexto livro). É muita coisa pra falar: a mudança de ator para o papel de dumbledore (que, na minha opinião, foi boa. Sempre havia imaginado o velhinho um pouco mais ativo), Gary Oldman, Mapa do Maroto (juro solenemente que não farei nada de bom!), Emma Thompson (forçada no papel, mas eu adoro a Trelawney... tão avoada, coitada!), Perebas é o vilão da história, o vira-tempo da Hermione, o soco que ela dá na cara do Malfoy, Bicuço é uma feliz realização de criatura mágica (diferente dos centauros e de Aragogue, por exemplo, que ficaram meio "mais ou menos"). São coisas queridas demais, e eu tenho certa tendência a ser prolixa. São muitos detalhes que me chamam a atenção nesse filme, e acho difícil não conseguir falar de todos eles sem fazer desse post um "Tratado sobre Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban". Então aproveitei os melhores pedaços e aqui faço meu mea culpa. mas fiquem despreocupados, já estou me preparando para o Torneio Tribruxo - afinal, só os fortes sobrevivem.
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