Já tinhamos visto as outras tão faladas características dos vampiros nas obras anteriores: vimos vampiros enganadores, a origem do imaginário coletivo sobre caixões, vampiros elegantes e até a visão deles como monstros apavorantes. Faltava a última característica típica da espécie: a sedução. E Entrevista com o vampiro (Interview with the vampire - The vampire chronicles, 1994) é basicamente isso. Ou você acha que Brad Pitt, Tom Cruise e Antonio Banderas foram escalados por acaso? É, porque o filme... Bem, tem lá seus pontos altos, mas na maior parte do tempo, é bem mediano.
Começamos com um mérito: transformar o modorrento livro de Anne Rice em um filme assistível. Não consigo dizer que o filme desagradou, mas também não foi o suficiente pra agradar. Ao menos eu vi o filme todo e fiquei atenta a tudo o que acontecia, ao contrário do livro que larguei na metade porque não tinha mais paciência pra tentar ir até o fim de tão chato que é. E já de cara vem um demérito: o subaproveitamento de Christian Slater. Ele nunca foi do mainstream, mas é um ótimo ator. E aqui nesse filme, cheio de estrelas em papéis importantes, não havia necessidade de colocá-lo num personagem tão pequeno e sem peso pra sua carreira. É porque, a única função prática do personagem aparece nos minutos finais do filme.
O filme tem um clima sensual muito latente, o tempo todo. Louis (Pitt, lindo de cabelão) seduz o repórter (Slater) a ouvir sua história incrível, Lestat (Cruise, quase ridículo) tem uma forte atração por Louis, Claudia (Kirsten Dunst, em sua primeira aparição nas telonas) que tem em Louis um pai/marido/brinquedinho, Armand (Banderas, irresistível mesmo com o aplique horroroso que arrumaram pra ele) quer Louis, a sedução dos vampiros na hora do ataque, a morte sedutora dentro da encenação criada no Teatro dos Vampiros, Claudia seduzindo a pobre mãe para que ela aceite se tornar uma vampira e tenha uma filha eternamente. Sedução bem traduzida, diga-se. Mas só isso não segura a onda do filme.
É até interessante acompanhar a dor de Louis, mas sem dúvida os melhores personagens são Claudia e Armand. Dunst, ainda criança, já mostrava o talento e a confiança pra criar a pequena monstrinha que Claudia se tornou. A personagem não era fácil de ser entendida por uma criança, e o tom de sensualidade na relação Claudia-Louis podia ter sido desastroso se não fosse o talento da jovem atriz. Créditos ao diretor, que se perocupou bastante na construção dessa personagem e a fez a estrela do filme. E Armand é a síntese dos vampiros: intrigante, poderoso, sensual, misterioso. A forma sedutora de falar, o olhar penetrante... Diferente do tom forçado de Tom Cruise, que parece totalmente deslocado - não sabe o que fazer com as presas, com as mangas da camisa, com o cabelo... Deixa transparecer uma decadência involuntária, uma vez que Lestat ainda estava no auge antes do primeiro atentado de Claudia. E, involuntariamente, ele fica melhor quando Lestat está morimbundo, fraco. Só ali que vi um desempenho legal de Cruise.
Os efeitos especiais de maquiagem e a cena da petrificação de Claudia e sua recém-criada acompanhante são muito bem feitos. As cenas de incêndio são grandiosas, impressionam. O teatro dos vampiros sem dúvida é a parte mais interessante de todo o filme. No fim das contas você acaba se esquecendo que é uma entrevista e que o que a gente está vendo são memórias. A entrevista, em si, não tem destaque algum. Nem há uma narrativa em terceira pessoa pra caracterizar isso... Então, achei meio falha essa adaptação. No todo, o filme é do tipo ok. E no fim, eu fiquei meio Lestat: 'já não aguento mais essa ladainha do Louis...'
Começamos com um mérito: transformar o modorrento livro de Anne Rice em um filme assistível. Não consigo dizer que o filme desagradou, mas também não foi o suficiente pra agradar. Ao menos eu vi o filme todo e fiquei atenta a tudo o que acontecia, ao contrário do livro que larguei na metade porque não tinha mais paciência pra tentar ir até o fim de tão chato que é. E já de cara vem um demérito: o subaproveitamento de Christian Slater. Ele nunca foi do mainstream, mas é um ótimo ator. E aqui nesse filme, cheio de estrelas em papéis importantes, não havia necessidade de colocá-lo num personagem tão pequeno e sem peso pra sua carreira. É porque, a única função prática do personagem aparece nos minutos finais do filme.
O filme tem um clima sensual muito latente, o tempo todo. Louis (Pitt, lindo de cabelão) seduz o repórter (Slater) a ouvir sua história incrível, Lestat (Cruise, quase ridículo) tem uma forte atração por Louis, Claudia (Kirsten Dunst, em sua primeira aparição nas telonas) que tem em Louis um pai/marido/brinquedinho, Armand (Banderas, irresistível mesmo com o aplique horroroso que arrumaram pra ele) quer Louis, a sedução dos vampiros na hora do ataque, a morte sedutora dentro da encenação criada no Teatro dos Vampiros, Claudia seduzindo a pobre mãe para que ela aceite se tornar uma vampira e tenha uma filha eternamente. Sedução bem traduzida, diga-se. Mas só isso não segura a onda do filme.
É até interessante acompanhar a dor de Louis, mas sem dúvida os melhores personagens são Claudia e Armand. Dunst, ainda criança, já mostrava o talento e a confiança pra criar a pequena monstrinha que Claudia se tornou. A personagem não era fácil de ser entendida por uma criança, e o tom de sensualidade na relação Claudia-Louis podia ter sido desastroso se não fosse o talento da jovem atriz. Créditos ao diretor, que se perocupou bastante na construção dessa personagem e a fez a estrela do filme. E Armand é a síntese dos vampiros: intrigante, poderoso, sensual, misterioso. A forma sedutora de falar, o olhar penetrante... Diferente do tom forçado de Tom Cruise, que parece totalmente deslocado - não sabe o que fazer com as presas, com as mangas da camisa, com o cabelo... Deixa transparecer uma decadência involuntária, uma vez que Lestat ainda estava no auge antes do primeiro atentado de Claudia. E, involuntariamente, ele fica melhor quando Lestat está morimbundo, fraco. Só ali que vi um desempenho legal de Cruise.
Os efeitos especiais de maquiagem e a cena da petrificação de Claudia e sua recém-criada acompanhante são muito bem feitos. As cenas de incêndio são grandiosas, impressionam. O teatro dos vampiros sem dúvida é a parte mais interessante de todo o filme. No fim das contas você acaba se esquecendo que é uma entrevista e que o que a gente está vendo são memórias. A entrevista, em si, não tem destaque algum. Nem há uma narrativa em terceira pessoa pra caracterizar isso... Então, achei meio falha essa adaptação. No todo, o filme é do tipo ok. E no fim, eu fiquei meio Lestat: 'já não aguento mais essa ladainha do Louis...'
2 comentários:
achei ridicula sua descriçao,os livros de Anne Rice sao envolventes e nao sao secos demostram emoçoes
aff n intendi porra nem uma vai le o livro di novo
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