Porque eu deveria me importar com Isaac Davis (Woody Allen)? Ele não é simpático, divertido ou memo irritantemente carismático. É um escritor em decadência, ex-divorciado (2 vezes), atormentado pela iminente publicação de um revelador livro sobre sua relação com sua segunda esposa (Merryl Streep, única interessante de se assistir). Namora uma doce e madura adolescente, mas não se mostra satisfeito com ela, ou com seu emprego, ou com sua incapacidade de terminar um livro. Cheio de opiniões, e idiossincrasias, não é de se admirar que tenha poucos amigos.
Se envolve com Mary (Diane Keaton) a ex-amante do amigo (casado), que apesar de ter dado "sinal verde" logo decide que a quer de volta. Nesse meio tempo também dispensa adolescente Tracy (Mariel Hemingway), no maior estilo "parte corações", e até encoraja a moça a estudar em Londres. Apenas para mais tarde, quando abandonado Mary. Alegando ter cometido um erro, tenta dissuadir a moça de partir para uma viagem que pode definir seu futuro. Mesquinho né!
Felizmente a jovem moça é bem mais madura que ele. E propõe uma solução decente para a relação. Aliais esta é a única história com final satisfatório da trama. Já que a relação de Isaac com o filho e praticamente inexistente no longa. O problema do livro da ex, vira piada. E nunca o vêmos feliz em seu novo emprego.
A mesagem? Se arrisque, mas só um pouquinho, sem mudar muito sua rotina. Se preciso mantenha o statuos quo e sua vida miserável? Realmente espero que não seja isso, que eu não tenha alcançado o espirito do longa. Mas, posso entender porque o próprio Allen não gosta muito dessa produção.
Visualmente ver Manhattan sem cores, rende cartões postais interessantes. Assim como a composição de pretos e brancos, luz e sombra. Provavelmente carregam mensagens e percepções sobre as situações na tela. Mas diante da falta de brilho dos personagens, não desperta interesse para desvenda-los.
Tudo bem! Ninguém pode acertar todas.
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