"Mas antes de virar a página, quero que você se imagine sentado no escuro, como no início de um filme. Na tela, o sol logo vai nascer, e você será levado em zoom até uma estação de trem no meio da cidade. Atravessará correndo as portas de um saguão lotado. Vai avistar um menino no meio da multidão e ele começará a se mover pela estação. Siga-o, porque este é Hugo Cabret. Está cheio de segredos na cabeça, esperando que sua história comece."Nem de longe tentando desmerecer o trabalho de Scorsese, mas quem lê a breve introdução deste livro pensa: está meio caminho andado!!!
Escrito por Brian Selznick The Invention of Hugo Cabret (A Invenção de Hugo Cabret) foi lançado originalmente em 2007, nos Estados Unidos. No Brasil ganhou tradução de Marcos Bagno, e uma encadernação caprichada (embora meio dificil de manusear, o livro é muito grosso) pela Edições SM. Em 2011 ganhou uma adaptação fiel e premiada dirigida por Martin Scorsese, com Asa Buterfield como personagem título.
Fazer "storyboard" pra que?! Usemos o livro mesmo ele tem tudinho!!1 ;-) |
Na ficção Hugo, um menino órfão que vive escondido nos corredores da estação de trem de paris, encontra uma dessas máquinas. Seu conserto, oferece uma pista para uma aventura que vai (re)descobrir um dos grandes nomes da história do cinema.
Os gêneros, são fantasia e aventura, mas o livro é facilmente confundido por "mais um livro infantil". Provavelmente por sua linguagem simples, e principalmente poque a a maioria de suas mais de 500 páginas estão preenchidas por incríveis ilustrações da história. Mas não se engane, a história cheia de mistério deve agradar adultos também.
Diferente de muitos livros, infantis onde os desenhos apenas ilustra um trecho da história escrita, as ilustrações feitas pelo próprio autor fazem parte da narrativa, substituindo as palavras em grande parte da história. Além das ilustrações, o livro também usa imagens de obras reais de Mèliés, para contar sua história.
Se encontrar resenhas sobre o livro afirmando que sua leitura é rápida, provavelmente é verdade. A menos que se perca em seus detalhados desenhos. Seja um leitor dinâmico ou detalhista, quem for obediente à breve introdução e seguir Hugo pelos corredores da estação, vai embarcar uma grande aventura em paris. E como bônus, ainda vai descobrir parte da história do cinema e uma merecida homenagem a um de seus criadores.
0 comentários:
Postar um comentário