Steve (Nelson), Carol Anne (O'Rourke) e Diane (Williams): porque é SUPERNORMAL sua filha conversar com a tv de madrugada... |
A família Freeling vive feliz na Cuesta Verde, em uma casa grande e bonita e levam uma vida normal. Mas um dia, a pequena Carol Anne (HeatherO'Rourke, forte concorrente à Criança Mais Fofa Que Hollywood Já Levou Para As Telonas) acorda de noite e se encaminha até a tv da sala e começa a conversar com alguém que só a mocinha ouve. O pai Steve (Craig T. Nelson, que cresce junto com o filme), a mãe Diane (JoBeth Williams) e os irmãos Danna (Dominique Dunne) e Robbie (Oliver Robbins) acordam assustados, mas ninguém parece dar muita bola para isso no café da manhã. Na verdade, a mãe só começou a se ligar que algo estranho estava acontecendo quando uma pilha de cadeiras se formou em cima de sua mesa em alguns segundos, enquanto ela cuidava do café da manhã da caçula. Ela até achou divertido brincar com a força estranha que arrastava as coisas de um ponto a outro na cozinha...
Diane, Carol Anne e 'os seres da tv'. Não tá vendo eles não? |
A sensitiva percebeu que o que estava ali era algo muito pior que um simples poltergeist: explica a família que Carol Anne está sendo usada como isca por Satã para evitar que as almas sigam o caminho da luz, uma vez que ela é cheia de energia vital - porque ela ainda está viva, apenas presa entre essa dimensão e próxima, bastando que ela corra em direção à luz para morrer. Agora, sente o drama da família: a filhinha foi sequestrada por fantasmas, tá presa em uma outra dimensão e apavorada, prestes a morrer sem nem saber e ainda é usada como isca por Satã. É ou não é desesperador um quadro desses? Então começa a parte mais louca do filme, o resgate da menina. Montando uma arapuca muito louca na sala (que era uma saída da passagem criada para a outra dimensão onde estava Carol Anne), a vidente bola um plano muito louco de mandar Diane amarrada por uma corda atravessar a dimensão e pegar a filha de volta. Sim, uma corda amarrada na cintura e muita coragem. Um beijinho de boa sorte e vai que é tua!
Sensitiva (Rubinstein) e estudiosos na sala dos Freeling: o perigo era bem pior do que eles imaginavam |
Com a situação fugindo ao controle, não havia mais nada a se fazer a não ser sumir dali. A família se junta no carro, ainda perseguida pelos espíritos e pelos esqueletos enraivecidos, e vão embora sem esquecer ninguém - nem mesmo o fofíssimo cachorro da família. Então, os fenômenos se repetem por todo o bairro, com caixões se levantando da terra em todas as casas e as luzes piscando alucinadamente; a pressão na casa dos Freeling aumenta ao ponto dela literalmente explodir. Então, tudo volta ao normal. Fico me perguntando o que foi da pobre população do bairro que continuou por lá: eles não faziam a menor ideia do que tinha ocorrido antes e ainda tiveram que lidar com os corpos que ficaram por lá depois. Coitados.
Robbie (Robins) e o palhaço: a gente já sabia que isso ia acontecer, né? |
Mas ainda assim, mesmo com os efeitos especiais toscos (para os padrões de hoje em dia, claro) e algumas pitadas de humor involuntário, o filme é de terror sim. Dá medo pensar que seu bonequinho pode vir te enforcar, ou que seu cachorro pode estar brincando com 'seres da tv' quando ele resolve latir para o nada. O roteiro de Spilberg é bem louco, com direito a tornado passando só na casa dos Freeling, caixões saindo do nada, gelecas desnecessárias e uma boa pitada de nonsense. Mas o filme causa sustos sim (palhacinho desgraçado) e a gente fica por esperar sempre que algo vá acontecer. A protagonista, a pequenina Heather O'Rourke é especialmente angelical e causa ainda mais impacto vê-la tão frágil e imaginando ela sozinha numa outra dimensão ao lado do coisa-ruim em pessoa (?!). Craig T. Nelson é o melhor ator em cena, conforme as coisas absurdas vão acontecendo na casa e os dias passam sem que se saiba como resgatar Carol Anne, ele vai ficando cada vez mais acabado - parece que ele realmente ficou dias sem dormir direito. Poltergeist - O fenômeno foi uma boa surpresa, principalmente porque não tive medo de ver. Aproveitei o filme todo, me diverti e acrescentei um filme na minha lista de clássicos já vistos. Mas ainda assim, ir à cozinha de noite para um lanchinho esperto ou dormir com a tv ligada, nunca mais vai ser a mesma coisa...
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