Muito antes de Hit Girl (Kick-Ass) chamar atenção ao empunhar várias armas habilmente em cena, existiu Mathilda. O papel de estreia de Natalie Portman pode não ter o currículo da super-heroína-mirim, mas surpreende em realismo. Contudo ,comecemos pelo princípio, o titulo original do filme é Leon.
E Leon (Jean Reno) é um matador solitário, que tem sua rotina alterada quando aceita a pequena Mathilda como aprendiz. Não que a menina já não vivesse em um ambiente violentamente estimulante. Sua família fora chacinada por causa do envolvimento de seu pai com drogas. Sangue frio, a menina chega em casa quando os assassinos ainda estão no local, compreende a situação, disfarça e passa direto de seu apartamento para bater às porta de Leon. Casou ainda não esteja envolvido pelo longa, após esta cena o interesse é inevitável.
Acompanhamos então essa relação improvável se desenvolver, disfarçada de filme de ação. Meio lento intelectualmente e reprimido emocionalmente Leon é uma figura paterna para lá de inapropriada, mas é o melhor que Mathilda já teve. Solitária e problemática é a menina que insiste na convivência inicialmente forçada, que não demora muito a gerar incomuns laços de afeto.
Incomuns e reais, Mathilda e Leon tem defeitos e problemas reais e sua relação se desenvolve em torno e apesar deles. Tudo isso sem ser piegas ou clichês, e com atuação impecável especialmente da pequena Natalie que graças à lentidão intelectual e sentimental de Leon, por vezes carrega sozinha o convívio.
Com protagonistas tão realistas, o vilão precisa ser mais caricato. Ok, isso não é uma regra real, mas aqui funciona muito bem. Gary Oldman aparece cheio de trejeitos e com uma maldade exageradamente doentia. Bastam poucos minutos em cena para causar terror.
Apesar de Mathillda e Leon serem personagens cheios de facetas difíceis de se encontrar no gênero, ainda é preciso boas cenas de perseguição e tiroteio, distribuídas pontualmente, até alcançar o frenético clímax. Afinal ainda é um filme de ação. Ação inteligente, simples, bem executada, com bons personagens e atuações impressionantes. Nem era preciso Mathilda empunhar tantas armas quanto a Hit Girl!
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