Jude (Jim Sturgess) um rapaz comum de Liverpool sai em uma jornada de autoconhecimento, e acaba clandestinamente nos Estados Unidos. Lá não demora muito a esbarrar no amor de sua vida, Lucy (Evan Rachel Wood). Mas, são tempos conturbados na terra do Tio Sam, jovens tentam lutar contra o serviço militar obrigatório na guerra do Vietnã. O desgaste de um dia-a-dia conturbado e ideais diferentes coloca em risco o romance de Hey Jude e Lucy In The Sky With Diamonds.
Across the Universe seria uma história para lá de comum, e até repetitiva não fosse um único, porém vital, detalhe. Todo o enredo se desenrola através de músicas dos Beatles. Sim, é um musical, daqueles que você ama ou odeia. Onde os personagens, começam a cantar e dançar sem aviso prédio. Se você é um dos odiadores de musicais acredite: as músicas fazem toda a diferença.
As melodias fora adaptadas para o filme e executadas pelo elenco, mas as letras permanecem inalteradas. Isso torna mais impressionante quando elas não apenas se encaixam, mas ganham novos sentidos de acordo com o momento da trama em que são apresentada. O melhor exemplo disso é "I Want You (She's So Heavy)". Originalmente uma canção sobre o relacionamento entre John Lennon e Yoko Ono, aqui apresenta a convocação dos jovens pela pátria, e o peso de defende-la em uma guerra. Seu número musical incluisive, é um dos melhores elaborados e executados.
A trama ainda conta com Max (Joe Anderson), irmão de Lucy. A cantora Sadie (Dana Fuchs), uma referência a Janis Joplin. O músico Jo-Jo (Martin Luther McCoy) referência a Jimi Rendrix e Prudence (T.V. Carpio). É com eles que vem as maiores falhas do filme. Personagens secundários, tem suas histórias mal desenvolvidas. Max não escapa da guerra, mas parece só estar-lá para valorizar o tema anti-Vietnã, já que Jude, britânico, não seria recrutado. Sadie e Jo-Jo, engatam um romance que desanda apenas para ser retomado sem maiores explicações. Enquanto Prudence só existe para que a música que tem seu nome possa ser executada.
Outra presença sem sentido pois é logo abandonada é a segregação racial da época. Entretanto a cena dos confrontos ao som de uma das vítimas cantando “Let It Be” é emocionante. Alguns números musicais, longos e deslocados também atrapalham o desenvolvimento, e só mantem o expectador pela boa música.
Para o expectador atento, ainda resta buscar as referências aos Beatles, outros artistas e acontecimentos da época. Que vão desde a escolha de nomes dos personagens, como de suas atitudes e objetos da cenografia. Também as participações especias de Bono, Joe Cocker, Salma Hayek e do comediante Eddie Izzard.
Imagine, no final das contas, os pontos fortes superam os fracos! E apesar das pontas soltas Across the Universe deve agradar fãs e não iniciados. Afinal, tudo que o romance do garoto britânico e a menina americana precisavam era de uma música dos Beatles, e este longa está repleto delas!
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