Você conhece a síndrome do filme do meio? Geralmente, é um mal que acomete o segundo longa de trilogias que contam uma única história. Logo, é curioso que tal problema aconteça com A Menina que Brincava com Fogo, uma vez que se trata de uma nova aventura com Bloomkvist (Michael Nyqvist) e Lisbeth (Noomi Rapace).
Quando digo uma nova aventura com a dupla, não digo que eles estão necessariamente juntos. Talvez aí, more o problema, separar a dinâmica que era o ponto forte do primeiro longa. Uma série de assassinatos misteriosos tem Lisbeth como principal suspeita e Bloomkvist é um dos poucos que acreditam na inocência da moça. O jornalista usa todos os recursos para buscar a verdade, enquanto a hacker faz o mesmo, cada um seguindo um caminho diferente.
Focado em Lisbeth, novamente brilhantemente interpretada por Rapace, o filme apresenta as origens da personagem. Através de flashbacks desconexos que tentam explicar as idiossincrasias e personalidade únicas da moça. É aí que está a parte mais interessante do filme.
Foto com SPOILER! |
Mas, os flashbacks, são muito espaçados e as peças do quebra cabeças são muitas, tornando a resolução do mistério arrastada. Merece parabéns o expectador que consegue manter 100% da atenção até o final digno de novela das oito (no bom sentido). Aliais, é difícil não lembrar de outra protagonista pequenina e de cabelos negros curtos da TV, em determinada sequencia do clímax. Pausa para evitar Spoilers!
Lento e cansativo o longa tem uma trama interessante, sobre a melhor personagem da série. Faltou apenas uma melhor execução e organização do excesso de personagens. Talvez um erro na tentativa de ser excessivamente fiel ao livro, que não li, portanto não posso assegurar. Enquanto isso, que venha a última parte da trilogia!
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