É preciso ter assistido à Os Homens que Não Amavam as Mulheres e A Menina que Brincava com Fogo antes de embarcar de cabeça na trama de A Rainha do Castelo de Ar. Ainda assim, existe o risco de o expectador se encontrar perdido em meio a tantos personagens que deveriam ter sido melhor trabalhados nos longas anteriores ou mesmo ignorados por completo. É este o único e maior problema que encontro no terceiro longa da trilogia Millenium. O que não é algo tão alarmante, já que Lisbeth (Noomi Rapace) é o centro da trama.
Era tudo sobre a heroína hacker no final das contas. Após descobrirmos boa parte da história de Lisbeth no longa anterior, iniciamos este filme exatamente do ponto em que deixamos a personagem. Com ferimentos graves, uma bala alojada na cabeça, e vizinha de corredor com seu nada agradável pai, igualmente muito ferido. Enquanto se recupera, percebemos todo o circo se voltar contra ela, e provar sua inocência passa a ser o grande desafio.
É aqui que nos perdemos, entre testemunhas, informantes, advogados, a equipe da revista (publicação que dá nome a trilogia, mas mal dava as caras até então). Muitos personagens, muitos nomes (Suecos) é complicado acompanhar. Enxugar, mesclar e eliminar alguns deles poderia ser uma solução. Ou ainda, "chutar de vez o pau da barraca", fazer uma série de TV e dar a todos o espaço devido. (produtores #ficaadica).
Mas com o foco nas investigações de Mikael (Michael Nyqvist) e na recuperação de Lisbeth, é facil relevar esse excesso e nos apegar aos já conhecidos protagonista. Especialmente pela incrível interpretação de Rapace, que equilibra a fragilidade em que a personagem se encontra com a forte máscara que usa para se proteger.
O enredo segue cheio de surpresas, reviravoltas e uma tensão constante. Resultando em um final incomum, para uma protagonista incomum. Porque o cinema precisa de protagonistas femininas fortes que fujam dos estereótipos. Assim é Lisbeth!
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