Então, você era criança, chegava da escola, almoçava, fazia a lição (ás vezes) e corria para não perder o filme do dia. Agora você é adulto, encontra um desses filmes no netflix (infelizmente saiu do catálogo há alguns dias) e resolve matar as saudades de tempos mais simples.
"Como é que deixavam a gente ver essas coisas?!" - é provavelmente isso que você vai se perguntar quando revir metade dos clássicos da TV dos anos 80 e 90. E Elvira, A Rainha das Trevas, está no topo desta lista.
Uma moça com visual exagerado, macabro, um decote e uma fenda gigantescos no vestido. Elvira não está na melhor fase de sua vida quando descobre ter recebido uma fortuita herança. A pegadinha, ela tem que se mudar para Fallwell, Massachusetts. Uma cidadezinha retrógrada com apenas 1313 habitantes cheios de preconceitos. E viver em uma velha mansão.
É claro, mais alguém está de olho na herança. E como se trata de família, Elvira acaba descobrindo detalhes de seu passado que ela desconhecia. Bom, você sabe qual o tema deste mês, e o filme é de 1988, então eu vou falar: ela é uma Bruxa!
O roteiro não é brilhante, muito menos difícil de deduzir. Choque cultural com os mais velhos, encanto por parte dos adolescentes "mente aberta" (no caso dos meninos, leia-se deslumbrados com o visú da moça), interesse romântico atípico. Trapalhadas, brigas e até uma fogueira.
É simples, cliché e óbvio, mas muito divertido se você tiver a idade certa. Ou seja pouca idade! O que também é bastante inapropriado. As piadas de conteúdo sexual, bebidas e drogas estão lá. De algumas os cortes da Globo nos poupava, as outras fingíamos que entendíamos. E ninguém virou bruxa, satanista, viciado ou qualquer uma dessas baboseiras, de que o "politicamente correto" tenta salvar as crianças de hoje em dia.
Casandra Peterson não é uma grande atriz, mas a nada sutil Elvira funciona. Aliada ao humor e a suspensão de descrença sobrevive até os dias de hoje. A atriz e seu alter-ego sexy e macabro foram provavelmente a iniciação de muita gente, ao trash e ao humor negro. Além de povoar as fantasias de alguns meninos (e meninas, por que não).
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