Um assassino misterioso, uma grande conspiração por trás dos crimes, uma cidade em polvorosa, uma investigação seguida de perseguição, e uma reviravolta de fundir a cuca. A trama de O Gabinete do Dr. Caligari, tem todas as características para se tornar um sucesso de público. De fato, provavelmente foi, e definiu os padrões para o gênero.
O sonâmbulo Cesare é utilizado pelo performático Dr. Caligari para cometer assassinatos. Ambos, disfarçados como atração de uma feira itinerante, em uma cidadezinha. Logo, os moradores desconfiam da dupla, e precisam driblar suas artimanhas para desvendar o crime. É claro, tudo isso acontece antes de descobrirmos que nada é realmente o que parece.
A produção de 1920, ainda tem uma estética única e inconfundível, que o tornou um marco do expressionismo alemão. Mas tudo isto você deve ter ouvido falar. A grande questão é, o filme é bom?
Sim, é ótimo para o público correto, os expectadores do início do século passado. A geração pós, som, cor, MTV e 3D, com boa vontade, pode sim apreciar, como o marco para o cinema e arte que este é. Entretanto, serão raros os apreciadores, que o assistirão repetidamente. Admito que não estou entre eles.
O Gabinete do Dr. Caligari, é fruto de uma época. Com linguagem e ritmo característicos, que apesar de servir de base para as produções de hoje, não é mais um estilo de cinema com o qual o grande público está acostumado. Um hit de sua época, e um passo importante para o cinema que veio depois.
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