É engraçado pensar que a maioria das crianças hoje, ao menos das grandes cidades, não tem o hábito de ir ao circo. Eu lembro que, quando o circo aparecia na praça perto de casa, era um acontecimento! E nem era um circo grande, e eu nem sou tão velha assim. O tempo passou, as coisas mudaram. O que não mudou foi a essência do circo.
O espetáculo é de entretenimento, é fazer rir e deslumbrar a plateia pelos poucos minutos em que o artista está no palco. E Os saltimbancos Trapalhões (1979) fala disso, dessa magia do circo, de se querer ser artista mesmo enfrentando tantas dificuldades. Tem patrão mau caráter, tem sabotagem de número, tem charlatão sem talento... Tem tanta coisa ruim que seria melhor até nem estar lá. Mas o sonho continua, e é isso que motiva a seguir em frente.
Confesso que não tinha visto o filme quando criança e, ao rever hoje, achei bem... Chato. Não acontece muita coisa entre as esquetes dos Trapalhões, e a trama do vilão do circo fica meio desconectada com eles, mas é tudo relevável por ter em cena Lucinha Lins cantando a música dos gatos e Mussum e Zacarias decidindo o que fazer com o almoço (piadas que hoje já não são possíveis graças ao politicamente correto). Gostei da experiência, mas me deu uma saudade enorme dos outros filmes do quarteto de palhaços mais amados do Brasil.
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