E então o dia chegou. Depois de coadjuvantes em dois bem resolvidos filmes lidando com as maldades fofas de Gru, os minions finalmente ganharam seu próprio longa. Passando brevemente por "de onde vieram" e "o que são" essas adoráveis criaturas, Minions (The Minions, 2015) mostra a busca dos amarelinhos por um vilão para chamar de seu. E assim eles evoluem junto com as espécies, até depararem-se com o homo sapiens - e, de lá pra cá, acabaram seguindo vários deles, até serem obrigados a se esconder em uma caverna de gelo, longe de qualquer contato humano. Já tristes e desanimados, então Kevin tem uma brilhante ideia: se arriscaria a encontrar um chefe mau a quem pudessem servir.
Partindo da caverna junto com ele, foram Stuart e Bob. Levou um bocado de tempo, mas enfim eles chegaram aos Estados Unidos, em 1968. Lá eles se depararam com um estranho comunicado na tv: uma feira internacional de Vilões estava para acontecer em Orlando, então os minions acharam que seria a ocasião perfeita para encontrar o seu vilão malvado a quem serviriam felizes para o resto da vida. A estrela da feira era ninguém menos que Scarlet Overkill (Sandra Bullock/Adriana Esteves), a maior vilã de todas. Dentro da feira, Scarlet lança um concurso para obter novos capangas. Adivinhe quem acaba conquistando a honra? Bob faz com que os minions vençam a competição, e então Scarlet os leva para sua casa em Londres para explicar qual seria o primeiro trabalho que eles fariam para ela. A vilã planeja, nada mais, nada menos, que roubar a coroa da rainha Elizabeth. Com a ajuda dos apetrechos criados por Herb Overkill (Jon Hamm/Vladimir Brichta), os três vão empreender uma louca investida na Torre de Londres para conseguir a coroa para sua nova chefe. Mas as coisas não saem exatamente tão bem como o planejado...
Abusando do carisma dos personagens, Minions peca por não ter um enredo mais consistente. Há todo um cuidado em amarrar as pontas, mas o roteiro deixa a desejar quando comparado às outras animações - inclusive às anteriores da franquia. Algumas das cenas são realmente hilárias e há easter eggs para nerd nenhum botar defeito (com a VilainCon lembrando muito a ComicCon, não duvido que as brincadeiras não estivessem ali para o deleite da turma), mas falta algo que segure a atenção entre as esquetes de humor pastelão dos minions. Talvez os pequenos se agradem dos tombos e da fala engraçada das criaturas (que, aliás, nunca soaram tão parecidas com francês quanto nesse filme). Mas para quem já é adulto, o filme fica cansativo e perde o fôlego na reta final. A dublagem de Adriana Esteves e Wladmir Brichta também não foi tão inspirada quanto a de Leandro Hassum no primeiro longa, o que é uma pena. O filme deve fazer algum sucesso pela expectativa dos fãs dos fofos e atrapalhados assistentes de vilão, mas é uma diversão leve e só. Como todo bom vilão, tenha em mãos um plano B para depois do cinema.
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