Calma, este título não pretende menosprezar os detetives e policiais de cidadezinhas. Mas, uma coisa é evidente nesta comédia de erros dos irmãos Coen: é impossível descobrir se os vilões são incompetentes demais ou se o método de peculiar investigação da região é surpreendentemente eficaz.
Fargo conta a história de um marido com problemas financeiros que tem a "brilhante idéia" de mandar sequestrar a própria esposa e dividir o dinheiro com os sequestradores. Uma vez que diferente dele a família a da mulher é abastada. Não precisa ser um gênio para perceber de cara, isso não vai dar certo. Do outro lado da moeda, também é possível perceber: a polícia não é das mais especializadas, ou talvez tenha apenas um ritmo único de resolver as coisas.
Ritmo lento e habilidades medianas, essas parecem ser as características principais das pessoas que vivem no interior frio e desértico dos Estados Unidos. E é em cima destas "qualidades" que se constrói a trama, onde um equívoco seguido por outro criam a surpresa para o expectador.
É verdade, que não duvidamos, de que nada vai dar certo logo nos primeiros minutos de projeção. Mas, também não fazemos ideia das escolhas erradas e dos caminhos a que estas vão levar. Assim, Fargo, se apresenta como uma extremamente estranha e agradável surpresa. Que ainda conta com elenco afinado, e diferente dos personagens um ritmo interessante e nada enfadonho.
O longa é uma excelente porta de entrada para quem quer conhecer o trabalho dos Coen.
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