Ser um dos heróis menores (com o perdão do trocadilho) em um universo cheio de "super filmes" de super-heróis, era necessário que Homem-Formiga (Antman, 2015) achasse um caminho próprio para brilhar no cenário. Pode-se afirmar que o longa conseguiu achar esse caminho através de uma combinação de bom roteiro, boas interpretações e efeitos especiais incríveis - tudo isso bem azeitado com humor de primeira.
Tudo começa com um momento tenso entre o dr. Hank Pym (Michael Douglas) e outros dirigentes de sua empresa, que exigem os direitos sobre a pesquisa da partícula Pym - a que confere o poder de super encolhimento que o Homem-Formiga tem - para fins comerciais e militares. O doutor se recusa por motivos ainda obscuros, e tem o apoio da Agente Carter (Hayley Atwell).
Um salto no tempo mostra que a companhia continuou a crescer, mesmo com Pym afastado da diretoria. Chamado para um evento de gala, ele descobre que seu ex-assistente - e agora principal cientista e um acionista da empresa - tem planos ambiciosos. Dr. Cross (Corey Stoll) descobriu que os boatos sobre o Homem-Formiga eram mais que rumores da Guerra Fria e chegou a desenvolver uma fórmula própria que permitia que objetos fossem reduzidos. Pensando em transformar a Jaqueta Amarela, um uniforme super poderoso, em armamento militar de ponta e ganhar rios de lucro com as vendas do seu soro, Cross quer provar para Pym que ele havia descoberto seu segredo e que, ao contrário dele, ele usaria sua descoberta. Mas Hank não deixaria que isso acontecesse. Mesmo estando velho e sem poder usar o uniforme do Homem-Formiga, o doutor escolhe um outro homem capaz de usar o uniforme em seu lugar.
Scott (Paul Rudd, bastante à vontade no papel) é um ladrão que acabou de ganhar a liberdade depois de ter sido preso por roubar uma empresa. Querendo voltar para a vida normal por conta de sua filha, Cassie (Abby Ryder Fortson, uma fofura), Scott até tenta conseguir emprego porém sua ficha suja não o ajuda. Sua única chance é aceitar participar de um novo roubo, mesmo a contragosto. Nesse roubo, a única coisa que encontra no cofre é um estranho uniforme de motociclista e um capacete estranho. Ao testar a roupa em casa, percebe que ela é realmente especial - e perigosa. Ao tentar devolver a peça, Scott é preso novamente.
O primeiro encontro com o uniforme |
Usando de muito bom humor (sem soar como "quero ser o novo Homem-de-Ferro/Tony Stark"), principalmente no núcleo coadjuvante, a trama é resolvida satisfatoriamente. As explicações científicas estão na dose certa, sem serem apresentadas de forma apressada demais nem sendo enfadonhas, dando ritmo ao filme. Tem lá uma falha ou outra, mas nada que comprometa o andamento. Os efeitos especiais são de encher os olhos e o comprometimento dos atores com seus personagens faz o filme fluir leve e divertido, do início ao fim. Convenhamos que esse é um mérito e tanto, afinal o risco de que os não-fãs não se interessassem pelo longa/personagem era grande.
O mais legal é que as duas cenas pós-créditos (não saia do cinema mais cedo!) dão a dimensão da importância que o personagem tomará mais a frente. Só nos resta esperar ansiosos pelos próximos longas. Well done, Marvel.
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