Deuses do Egito (Gods of Egypt, 2016) é, basicamente, sobre a lenda da disputa do trono pelos deuses Set (Gerard Butler) e Hórus (Nikolaj Coster-Waldau), seu sobrinho. Envolvendo mitos antigos, cenas de luta e muitos efeitos especiais, o longa promete mais do que entrega.
Bek (Brenton Thwaintes) é um ladrão apaixonado por Zaya (Courtney Eaton), que lhe promete riquezas e uma vida com amor. No dia da coroação do novo rei, ambos (e todo o Egito) presenciam Set se revoltar com a decisão de Osíris (Brian Brown), seu irmão, de nomear Hórus rei. Por ambos dividirem o trono, ele achava que esse era seu direito natural. Desafiando e derrotando o irmão e o sobrinho, Set toma o poder para si e arranca os dois olhos de Hórus - tirando, assim, seus poderes.
Fraco e deprimido, Hórus se isola e deixa o povo sob o tirano domínio de Set. Ele agora cobra tributos em ouro para a passagem pelo Último Portão, que garante a vida após a morte, além de caçar os deuses que se opoem a ele. Para não morrer, e com medo de ser enviada de volta ao submundo, a deusa Hátor (Elodie Yung) se vê obrigada a ficar ao lado do novo rei como sua nova rainha - apesar de ainda amar Hórus, seu salvador.
Bek, que já não levava uma vida assim, tão boa, a vê piorar consideravelmente. Agora escravo e separado de Zaya, que foi selecionada para servir no palácio, ele continua tentando arrumar um jeito de fugir e dar uma vida melhor à amada. Fiel ao deus Hórus, Zaya o convence a roubar os olhos do deus e devolvê-lo ao deus do ar. Com a ajuda do mapa do lugar, Bek consegue roubar apenas um dos olhos.
Pegos na conspiração contra o rei-deus, Bek e Zaya tentam fugir, mas Zaya é mortalmente ferida na fuga. Cabe a Bek acreditar que Hórus, um deus amargo e que não liga para os mortais, possa ajudá-lo a salvar sua amada enquanto barganha com ele o destino de toda uma nação.
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Até aí, o filme conseguia prender a atenção. Mas a partir do momento em que a trama precisa se dividir entre três planos (a terra, o submundo e o plano superior onde o deus supremo se encontra), a receita começa a desandar. A impressão que se tem é que o roteiro foi escrito apenas para a inserção de cenas com efeitos especiais. Muito recurso gasto em CGI e o resultado não ficou satiafatório em 2D (talvez em 3D fique um pouco mais interessante).
O elenco todo, no geral, é fraco, e me surpreendeu a pequena participação de Geoffrey Rush como o deus Rá - um papel com importância reduzida, mas um nome de peso como o dele, aumenta o crédito da produção. Tudo soa muito brega e clichê, soluções apressadas, piadas fora de hora (sério, qual é a da alface?), muitos personagens subaproveitados - mas recheado de efeitos especiais à la Transformers, cenas de luta e muito dourado, talvez o público se divirta sem compromisso.
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