segunda-feira, 1 de julho de 2019

Homem-Aranha: Longe de Casa


Primeiro filme da Marvel pós era Vingadores, Homem-Aranha: Longe de Casa (Spiderman: Far From Home, 2019) é uma consequência dos acontecimentos relatados na saga - então, é preciso fazer o dever de casa. Para os que ainda não conferiram os últimos filmes (Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato). Para quem já viu, fica a dica: o novo filme do Aranha mescla com maestria bom humor adolescente, amadurecimento do herói, ótimas sequências de ação e uma "surpresinha" ao final.

Hill (Smulders) e Fury (Jackson) enfrentam um elemental no México
O longa começa com a dupla Maria Hill (Colbie Smulders) e Nick Fury (Samuel L. Jacskon) indo investigar uma ocorrência suspeita no México: uma tempestade destruiu uma cidade, mas os locais diziam ter visto um rosto nela. É quando um herói desconhecido se apresenta: Quentin Beck (Jake Gyllenhaal) diz saber do que se trata a ameaça, e que a Terra está em perigo. Ele veio para tentar deter os Elementais de destruírem o planeta, como fizeram à Terra de sua dimensão. Fury vai precisar da ajuda que puder dispor, e ele tem um herói adolescente em mente.

Beck/Mysterio (Gyllenhaal): quer impedir que a nossa Terra tenha o mesmo destino que a dele
Mas depois de todos os acontecimentos tristes de "Guerra Infinita" e "Ultimato",  Peter Parker (Tom Holland) quer apenas a chance de ser um adolescente normal por um tempinho, enquanto o Amigo da Vizinhança Homem-Aranha tira umas férias. Peter, aliás, tem seus próprios planos para suas férias: como irá viajar com os amigos da escola para a Europa, ele pretende não perder mais tempo e contar à M.J. (Zendaya) sobre seus sentimentos por ela. Obviamente, esses não são os planos de Ned (Jacob Batalon), seu melhor amigo, que quer aproveitar a vida de solteiro por lá. Mas as coisas não vão sair como o esperado para nenhum dos dois, e Peter terá que se desdobrar para curtir as férias enquanto luta, ao lado do novo herói - agora batizado de Mysterio - contra os Elementais para salvar o mundo novamente. Porém, nem tudo é o que parece ser, e Peter vai ter que tomar decisões difíceis e enfrentar consequências terríveis.

Happy (Favreau) e os amigos de Peter: mais destaque e muitas situações hilárias
Homem-Aranha: Longe de Casa é um ótimo filme: mais maduro e divertido que o primeiro, foca no dilema pessoal de Peter e em todas as grandes responsabilidades que o jovem tem que arcar - e se isso é complicado para um adulto, imagina para um adolescente... Tom Holland acerta novamente o tom do personagem, principalmente nos momento mais emotivos. Quanto à trama, ela tem conexão direta com os eventos dos mais recentes filmes dos Vingadores, porém não é totalmente norteada para ser uma sequência - e isso é um acerto. Há muito o que se explorar desse jovem Parker, principalmente o lado emocional de um adolescente com super-poderes. O roteiro acerta em cheio ao explorar isso de forma leve e divertida, intensificando o suficiente nos momentos chave e suavemente transitando entre a ação e a reflexão. As locações são bem utilizadas, tanto nas cenas quanto na funcionalidade do roteiro (à exceção, talvez, seja a Holanda) e os efeitos especiais estão de encher os olhos.

Que mal um adolescente com superpoderes poderia fazer? Peter (Holland) vai descobrir em breve
Assim, o filme de Jon Watts resulta em um ótimo entretenimento sem soar vazio - lembrando a aura dos filmes de John Hughes, que entendia como poucos os dilemas dos adolescentes americanos dos anos 1980 e os traduzia em longas divertidos e com conteúdo que se tornaram clássicos. Há duas cenas pós-créditos, ambas sugerindo continuações: a primeira em relação ao próprio herói, e a segunda com possível relação ao destino dos Vingadores. Vale o ingresso, a pipoca e a espera. Que venha o terceiro filme do Aranha!

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