Por Ana Beatriz Marin
Mesmo que pareça óbvio dizer, a primeira coisa que vem à mente ao assistir ao fim Entre Facas e Segredos, que estreia nesta quinta-feira, é Agatha Christie. O diretor Rian Johnson, que também assina o roteiro, é fã da escritora britânica, cujos livros lia na infância. E, em entrevistas sobre o filme, declarou que queria transpor o universo das histórias criadas por ela para a América dos dias de hoje. Para tal, utiliza, entre outros elementos, personagens característicos dos dias atuais. Os ingredientes estão todos lá: uma festa, uma morte misteriosa, diversos familiares - todos com pelo menos um motivo concreto para cometer o crime -, empregados também sob suspeita... e um detetive.
Uma misteriosa morte abala o clã dos Thrombley |
A investigação é conduzida pelo excêntrico detetive Benoit Blanc (um Daniel Craig seguro, que parece sinceramente se divertir com o personagem). É ele quem vai montando as peças do quebra-cabeça que conduzirá ao surpreendente final. Quem ajuda o investigador - mesmo sem querer, em diversos momentos -, é a leal enfermeira Marta Cabrera (Ana de Armas), através da qual Johnson discute temas como imigração, xenofobia e diferença de classes. Outro elemento, portanto, que conduz o telespectador aos dias atuais e à América de Donald Trump.
Benoit Blanc (Daniel Craig, à direita) investiga o crime |
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