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Achou confuso? Tudo bem! Provavelmente era esse o objetivo de Tarantino em Pulp fiction. Te confundir até o fim, quando tudo parece se encaixar miraculosamente e finalmente você entende: vida e morte são coisas banais hoje em dia!
Tanto que hambúrgueres e TV são o assuntos que antecedem uma mantança. Ou uma simples distração pode tirar uma vida, supreendendo até o assassino. Em uma época cercada de violência, sua abordagem direta, mostra de forma ousada o mundo do crime.
A violência está lá fora! Para muitos é tão comum quanto trocar de camisa. O filme esfrega isso na cara dos espectadores. Sem meias palavras, sem licensas poéticas, sem censura, tornando impossível assisitir sem ser afetado por ele (positivamente, ou não. Tem que ter 18, né!).
Misturado a muito humor negro (cada lugar para se esconder um relógio!), ainda restam algumas lições. Com a personagem de Uma Thurman, assisistimos os prós e contras de curtir o momento. Já Samuel L. Jackson, nos faz uma análise sobre milagres e atos divinos. Mostranto que mesmo assassinos tem sua ética e até um método de trabalho. Recite a Bíblia e apague o cara.
A narrativa não-linear (marca de Tarantino) foi um marco na época. Atualmente não é mais novidade. Na verdade, estamos até acostumados a ela (Lost, Sin City, Crash). Então acho que o efeito diminui para quem só assisitiu ao longa agora, após toda revolução narrativa. Mesmo assim ela ainda possibilita a existência de vários protagonistas, o que aproxima a narrativa do público. Um deles pode morar perto de você!
A história é fora de ordem, e, mesmo assim, o final forma um ciclo. O filme começa como termina, no restaurante. Não pude deixar de pensar, isso vai continuar. A violência é ciclica.
É sobre banalidades sim, mas está longe de ser uma obra banal.
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