Como é bom ver que Hollywood sabia fazer comédias! Dos filmes antigos que a gente já viu, a maioria é drama. E essa é uma comédia deliciosa, perfeita para um sábado à tarde (daqueles bem preguiçosos). Nada como genuínas gargalhadas e um roteiro esperto para levantar o astral. E é exatamente isso que o filme é.
O roteiro é super bem amarrado: dois músicos desempregados testemunham um acerto de contas entre mafiosos e acabam de disfarçando de mulher para fugir dos bandidos. Embarcam em uma viagem para a Flórida com uma banda de mulheres, e um deles se apaixona pela guitarrista. Para conquistar seu coração, ele finge ser um milionário, mas os mafiosos chegam para uma convenção no hotel onde a banda se apresentaria e os planos tem que ser modificados.
O roteiro é super bem amarrado: dois músicos desempregados testemunham um acerto de contas entre mafiosos e acabam de disfarçando de mulher para fugir dos bandidos. Embarcam em uma viagem para a Flórida com uma banda de mulheres, e um deles se apaixona pela guitarrista. Para conquistar seu coração, ele finge ser um milionário, mas os mafiosos chegam para uma convenção no hotel onde a banda se apresentaria e os planos tem que ser modificados.
Dá pra perceber que o filme é um veículo para Marilyn brilhar e mostrar seus dotes (duvidosos, aliás: ela canta afinadinho, mas sua interpretação não é das mais memoráveis - apesar de ser convincente como a sonhadora e burra menina do interior), mas ela não é a única a brilhar. Aliás, para mim, ela ficou meio apagada com as atuações impagáveis de Tony Curtis (Joe/Josefine) e Jack Lemon (Jerry/Daphne). Curtis faz de sua Josephine uma lady, completamente concentrado em fugir dos mafiosos, enquanto a atrapalhada e divertida Daphne de Lemon é uma das interpretações mais hilárias que eu já vi. Joe E. Brown também está ótimo como o milionário fanfarrão Sr. Osgood.
Minhas cenas preferidas: a do início, da perseguição policial; a descoberta da casa noturna movimentadíssima que funcinava escondida, disfaçada numa casa funerária; a das "meninas" chegando à estação de trem; a festa supostamente secreta no trem (como Sweet Sue e Beinstock não acordaram com tamanha algazarra?); a sequencia de sedução do "pobre herdeiro da companhia de petróleo" (as mentiras que ele conta e a chantagem emocional são ótimas, só perdem pra burrice da própria Sugar, que cai feito um patinho) e o tango de Daphne e Sr. Osgood ("Daphne, querida... Você está levando de novo..." hilário!); a manhã seguinte e o noivado dos dançarinos e, claro, a cena final de fuga. Das personagens, fico com Daphne, o Sr. Osgood e o funcionário do hotel, cheio de amor pra dar à pobre Josephine.
O mais legal é que as personagens estão fazendo tudo errado, mas você torce para que dê tudo certo. Eles enganam todo mundo, desde o início -eles salvaram a própria pele logo na primeira batida policial, mas não avisaram ninguém. São uns enganadores profissionais, principalmente o saxofonista, que faz de tudo um pouco: promete encontros românticos para a secretária só para conseguir um emprego e que aposta os poucos trocados que ganha com o amigo (bem como seus únicos casacos em pleno inverno) em vez de pagar suas dívidas e o pior de tudo, usa os sonhos, as confidências e se aproveita da burrice assumida de Sugar para conquistá-la. Mas, no fim das contas, você quer que eles consigam se safar e que Joe termine com Sugar. Bem, como diz o Sr. Osgood no último diálogo do filme: nem todo mundo é perfeito.
Os melhores em minha cena favorita: Joe E. Brown e Jack Lemon dançando tango
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