Eu não sabia nada sobre Conta comigo (Stand by me, 1986), exceto que tinha Kiefer Sutherland no elenco. Não sabia nada mesmo, nem sequer supunha que a história foi baseada num conto de Stephen King. Tudo bem, pode chamar de alienada. A verdade é que eu gosto de me surpreender com as coisas, acho que tudo fica mais interessante quando não se cria muitas expectativas. Pra quê estragar uma boa surpresa? E Conta comigo é daquelas que ficam para sempre no coração.
Fui fisgada desde o início pelo filme. Já nas primeiras cenas deu pra perceber que ele seria um filme denso, e que havia muita coisa a se contar nas entrelinhas. Um homem parado, num carro, no meio do nada. Uma notícia de um homem esfaqueado numa briga destacada no jornal. Começa a viagem pelo passado daquele homem. Um garoto de doze anos tem um melhor amigo e mais dois amigos que andam sempre juntos. Um deles, Vern (Jerry O'Connel, quase tive um acesso de riso ao reconhecer o dono do apartamento cheio de baratas de Joe e as baratas naquele garotinho rechonchudo) chega ao "QG" dos amigos dizendo que o irmão encrenqueiro encontrou o corpo do menino desaparecido a alguns dias na cidade. Na mesma hora vem a idéia: encontrar o corpo e levar à polícia, quem sabe teriam um dia de glória? Idéia aceita, mochilas prontas. Mas eles não sabiam o que iam encontrar no fim da jornada...
Muitas coisas podiam ser ditas sobre o filme e a história, mas para mim, o mais importante da história é o que fica subentendido. O fardo que cada um carrega, a esperteza que esconde a inocência e inexperiência, as conversas sobre "assuntos importantes", a vontade de ser alguém no futuro mas de se dar ao luxo de não ser nada mais que um garoto de doze anos. O olhar melancólico, saudosista do narrador sobre aquele período de sua vida é apaixonante. Você se vê envolvido num sentimento alheio, e toma aquilo com seu. São seus amigos, sua saudade. É incrível.
Incríveis também são as interpretações de todo o elenco, principalmente de River Phoenix. Foi o primeiro filme dele que assisti, e realmente... Fiquei sem palavras. Ele tinha apenas 16 anos quando filmou Conta comigo, mas parecia um veterano junto aos meninos. As nuances de sua interpretação são assombrosamente sutis e intensas, ao mesmo tempo. Tente não chorar na cena em que Chris Chambers, o valentão do grupo, chora por causa da injustiça cometida com ele. Du-vi-do que alguém consiga.
Outra grata surpresa foi reconhecer as carinhas de Corey Feldman e John Cusack (já falei que sou fã dele?). O primeiro me traz as melhores lembranças de minha infância, esteve em pelo menos 3 filmes que amo e que assistia sempre na Sessão da Tarde. Cusack tem uma participação mínima como Dennis, o irmão mais velho de Gordon (Will Wheaton quando garoto; Richard Dreyfuss quando adulto e narrador) que morreu num acidente de carro, mas importante pra gente entender o vazio em que vivia o pobre garoto - ignorado pelo pai, que só tinha olhos para o filho jogador, e epla mãe, após a morte do filho mais velho. Kiefer Sutherland também aparece pouco, mas deixa sua marca. Engraçado como em poucas cenas ele faz seu personagem ser tão forte, como se tivesse uma camiseta escrita "cuidado, perigo" sem precisar de muitas falas.
O que aprendi? Quando você mais precisa, é com uma amigo que você vai contar; quando você estiver feliz, é para eles que você vai correr; quando você quiser voar, são eles que vão te impulsionar. Uma lição de vida, um show de interpretação, algumas lágrimas, mais um ator favorito, um filme imperdível para qualquer um que se preze e que queira ser chamado de cinéfilo. E eu que cheguei a pensar que só ia ver suspense e terror no mês Stephen King...
Fui fisgada desde o início pelo filme. Já nas primeiras cenas deu pra perceber que ele seria um filme denso, e que havia muita coisa a se contar nas entrelinhas. Um homem parado, num carro, no meio do nada. Uma notícia de um homem esfaqueado numa briga destacada no jornal. Começa a viagem pelo passado daquele homem. Um garoto de doze anos tem um melhor amigo e mais dois amigos que andam sempre juntos. Um deles, Vern (Jerry O'Connel, quase tive um acesso de riso ao reconhecer o dono do apartamento cheio de baratas de Joe e as baratas naquele garotinho rechonchudo) chega ao "QG" dos amigos dizendo que o irmão encrenqueiro encontrou o corpo do menino desaparecido a alguns dias na cidade. Na mesma hora vem a idéia: encontrar o corpo e levar à polícia, quem sabe teriam um dia de glória? Idéia aceita, mochilas prontas. Mas eles não sabiam o que iam encontrar no fim da jornada...
Muitas coisas podiam ser ditas sobre o filme e a história, mas para mim, o mais importante da história é o que fica subentendido. O fardo que cada um carrega, a esperteza que esconde a inocência e inexperiência, as conversas sobre "assuntos importantes", a vontade de ser alguém no futuro mas de se dar ao luxo de não ser nada mais que um garoto de doze anos. O olhar melancólico, saudosista do narrador sobre aquele período de sua vida é apaixonante. Você se vê envolvido num sentimento alheio, e toma aquilo com seu. São seus amigos, sua saudade. É incrível.
Incríveis também são as interpretações de todo o elenco, principalmente de River Phoenix. Foi o primeiro filme dele que assisti, e realmente... Fiquei sem palavras. Ele tinha apenas 16 anos quando filmou Conta comigo, mas parecia um veterano junto aos meninos. As nuances de sua interpretação são assombrosamente sutis e intensas, ao mesmo tempo. Tente não chorar na cena em que Chris Chambers, o valentão do grupo, chora por causa da injustiça cometida com ele. Du-vi-do que alguém consiga.
Outra grata surpresa foi reconhecer as carinhas de Corey Feldman e John Cusack (já falei que sou fã dele?). O primeiro me traz as melhores lembranças de minha infância, esteve em pelo menos 3 filmes que amo e que assistia sempre na Sessão da Tarde. Cusack tem uma participação mínima como Dennis, o irmão mais velho de Gordon (Will Wheaton quando garoto; Richard Dreyfuss quando adulto e narrador) que morreu num acidente de carro, mas importante pra gente entender o vazio em que vivia o pobre garoto - ignorado pelo pai, que só tinha olhos para o filho jogador, e epla mãe, após a morte do filho mais velho. Kiefer Sutherland também aparece pouco, mas deixa sua marca. Engraçado como em poucas cenas ele faz seu personagem ser tão forte, como se tivesse uma camiseta escrita "cuidado, perigo" sem precisar de muitas falas.
O que aprendi? Quando você mais precisa, é com uma amigo que você vai contar; quando você estiver feliz, é para eles que você vai correr; quando você quiser voar, são eles que vão te impulsionar. Uma lição de vida, um show de interpretação, algumas lágrimas, mais um ator favorito, um filme imperdível para qualquer um que se preze e que queira ser chamado de cinéfilo. E eu que cheguei a pensar que só ia ver suspense e terror no mês Stephen King...
4 comentários:
Ei! Como assim primeiro filme com River Phoenix???
Indiana Jones e a Ultima Cruzada não conta????
Contaria, se eu soubesse que o River tava no filme! hahaha só soube agora que vi Conta comigo, Fabi. o.O Se não fosse isso, eu morria e não saberia.
Dvd, Sofá e Pipoca trazendo informações cruciais para o nosso dia a dia, hein?! Doses cavalares de cultura! XD
Indiana Jones é de 89. Conta Comigo, de 86. E não, Conta Comigo não foi o primeiro filme de River, mas com certeza foi o que o levou ao estrelato.
Olá, Cíntia! Seja bem-vinda ao nosso blog!
Acho que não me fiz clara: eu não disse que era o primeiro filme dele, mas o primeiro que eu via com ele no elenco - principalmente, sabendo que ele estava no elenco. Como você disse, Indiana Jones veio depois - e eu cansei de ver esse filme na minha infância!) porém nunca me atentara antes para o fato de River Phoenix estar no longa. ;]
Sinta-se à vontade por aqui, volte sempre! =]
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