Perjúrio!

Bem que o título desse filme poderia ser o mesmo que o do título desta resenha. Mas isso entregaria muito do roteiro de Testemunha de Acusação. E já que os próprios produtores do filme pedem em um anúncio ao final do longa, que não revelem aos amigos que não viram seu desfecho, vou tentar parar com os spoilers por aqui.

Eis as provas informações que posso revelar: Sir Wilfrid Robarts (Charles Laughton) é O advogado, mas teve um derrame e deve deixar a profissão para preservar sua saúde. Ordem que não pretende seguir, mesmo diante dos protestos de sua dedicada enfermeira srta Plimsoll (Elsa Lanchester). Ao chegar em casa, logo pega um caso, Leonard Stephen Vole (Tyrone Power) está sendo acusado de matar uma senhora rica e solitária.


O caso vai sendo desenrolado através de depoimentos e flashbacks, até o momento do julgamento, onde aparentemente todas as peças estão no tabuleiro. O réu, sua estranha e enigmática esposa Christine Helm Vole (Marlene Dietrich), a ranzinza empregada da vítima e os advogados de defesa e acuzação. É aqui que a coisa começa a ficar interessante.

Sim, a primeira hora é arrastada e não avança muito com a história, mas é necessária. É na metade inicial que vamos "conhecer" o caso. Descobrir como vítima e réu se conheceram, sua relação, a reação daqueles que o cercam, ao mesmo tempo que tentamos descobrir o quanto da história de cada um é verdade.

Conhecidas as supostas circunstâncias, podemos partir para a metade divertida do longa. Um julgamento cheio de reviravoltas, que se intensificam com a chegada do desfecho, tanto quanto a péssima condição de Saúde de Robarts. É nas atuações vistas ali que está o brilho de Testemunha de Acusação.

O envolvimento do advogado de defesa, que arrisca a vida para encerrar esse caso. A forma como organiza suas perguntas e argumentos para arrancar das testemunhas as respostas necessárias para defender sua causa. A afirmação veemente de inocência do acusado, seu desespero a cada novo depoimento. Os divertidos comentários da inteligente, porém inconveniente, enfermeira. E claro, a dubiedade da esposa  vivida por Marlene Dietrich. A atuação é incrível, mas a certeza que a atriz tinha na época de que seria indicada, era total falta de modéstia. Deselengante!

Desfecho surpreendente e boas atuações, o que mais podíamos pedir? Declaro esse filme, um ótimo exemplo do gênero filmes de tribunal.

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