Desconstruindo Arthur

Não apenas Arthur. A versão de Monty Python para lenda do Rei de Camelot e seus nobres companheiros, tira sarro de cada um dos cavaleiros da Távola Redonda. A começar pela própria távola, a mesa sem cabeceiras não aparece em uma sena sequer afinal Camelot é só uma maquete onde cavaleiros comem, cantam e dançam.


Ficou confuso? Eu também, mas mesmo assim vou tentar explicar. Quando o filme começa Arthur já foi sagrado Rei, por uma moça brilhante que saiu de um lago e lhe deu uma espada. Imaginativa a forma de escolher reis naquela época, não? Valida ou não (e isso rende uma das melhores cenas do filme) era assim. O rei sai então em busca de cavaleiros para retornar com ele a Camelot e o ajudar a reinar.

Leva um tempinho e algumas situações estranhas, mas no fim ele acaba conseguindo reunir uma "galera". Quando estão próximos a Camelot, percebem que não querem ficar na maquete onde cavaleiros cantam e dançam que mencionei no primeiro parágrafo. Então surge Deus, em meio as nuvens, e lhes dá uma tarefa: encontrar o Cálice Sagrado.

E eles vão, se separam e reúnem novamente. Quando separados cada um enfrenta suas provações, que vão de sobreviver a um castelo de mulheres, salvar "donzelos", e encontrar os "Bravos Cavaleiros que dizem Ni".

É quase episódico, não fosse o objetivo em comum, trazendo em cada cena uma situação mais sem sentido que a outra. Piadas inteligentes, e atemporais sobre a sociedade medieval e da nossa era. Ambas em um paralelo muito divertido.

De baixo orçamento, prova que não é preciso dinheiro para fazer bons filmes. Aliais algumas das melhores piadas nasceram da falta de verba, como os incríveis cavalos imaginários e os perigos e passagens animadas. Já o fato de cada membro do elenco desempenhar mais de um personagem, tem mais a ver com o tipo de humor que o Monty Python, já exercia na TV.

Guinevere, Morgana e Merlin não dão as caras. Devem ter ficado em Camelot, afinal a maquete não podia ficar ociosa. Mas aí já sou eu divagando, como vários personagens fazem em alguns momentos, ao ponto de discutirem entre si a necessidade da existência de algumas cenas.

Um humor inteligente, que embora tenha influenciado gerações não é mais feito hoje em dia. Ao menos não com tanta competência. Impossível não se divertir com o longa. Em uma palavra: Ni, Peng e Neee-Won. (Ops foram 5! 3!).

0 comentários:

Meses temáticos!

Confira nosso catálogo de críticas e curiosidades completo, distribuído em listas e meses temáticos.

Lista de 2015 Lista de 2010
Meses temáticos
2014 2013 2012 2011
Trilogia Millenium Ficção-cientifica Pioneiros De Volta para o Futuro
Meryl Streep e o Oscar Broadway Brasileiros no Oscar Liz Taylor
Fantasias dos anos 80 Realeza Tarantino Filmes de "mulherzinha"
Pé na estrada Scorcese Chaplin Stephen King
Mês Mutante Off-Disney Filmes de guerra Noivas
Mês do Futebol Mês do Terror Agatha Christie Genny Kelly
Mês Depp+Burton Shakespeare HQs Harry Potter
Cinebiografias Pequenos Notáveis Divas Almodovar
Robin Williams Mês do Rock Woody Allen Remakes
Mês das Bruxas Alfred Hitchcock Rei Arthur Vampiros
Humor Britânico John Wayne John Hughes Elvis
Mês O Hobbit Contos de Fadas Apocalipse O Senhor dos Anéis
  • Facebook Twitter RSS
As definições do projeto para formar cinéfilas melhores foram atualizadas

Nascemos como um projeto para assistir e conhecer cinema. Maratonamos várias listas de filmes, e aprimoramos nossa cinefilia. Agora estamos em uma pausa (esperamos que breve), mas ainda temos tempo para resenhar um lançamento ou outro. Vem amar cinema com a gente!

Gêneros

Resenhas (825) Drama (247) Lançamentos (174) Ficção científica (113) Aventura (108) Comédia (79) Ação (59) Musical (54) Terror (51) Fantasia (43) Animação (32) Biografia (27) Comédia romântica (26) Épico (24) Faroeste (22) Thriller (8)

Arquivo do blog

Seja parceiro

Descubra como!
 
Copyright ©
Created By Sora Templates | Distributed By Gooyaabi Templates