Ana (Kerr) ensinando costumes ocidentais aos príncipes e princesas do Sião |
Ainda no navio em que chega ao Sião, Ana Leonownes (Deborah Kerr, ótima em cena) e seu filho Louis (Rex Thompson) recebem um aviso do capitão: ali não será fácil de viver. Viver como o rei manda quase nunca é agradável pra alguém que não seja o próprio rei. Ana resolveu aceitar o desafio de ensinar inglês e costumes ocidentais aos filhos do rei de Sião após ter se tornado viúva. Para isso, se mudou de mala e cuia para lá, afim de continuar dando um sentido à vida. Lá chegando, o primeiro contato com a realeza siamesa é com Kralahome, o primeiro ministro do rei. Já causa estranheza que ele apareça seminu (gente, ele só tava sem camisa...), mas dava pra perceber o contraste de costumes já de início. As dificuldades de se lidar com a vaidade do rei, de ver que as promessas são cumpridas conforme a vontade dele - Ana ficou sem a casa prometida para ela, tendo que viver com o filho junto das esposas do rei - a quantidade enorme de filhos que ela teria que ensinar... Tudo era muito diferente. Ensinar que o Sião era um pequeno país na imensa Ásia uma vez que eles estavam acostumados a ver mapas que só retratavam o próprio país e o faziam parecer muito maior (questão de comparação), era bem mais complicado do que parecia. Mas aos poucos, ambos se adaptaram. Tanto Ana quanto os príncipese princesas, e até mesmo o próprio rei, se encontraram e se adaptaram. Ensinando o rei a repensar seus costumes e conquistando a todos com sua simpatia, Ana estava bem no Sião até que houve a visita de alguns diplomatas ingleses. Com ele, veio Edward, um antigo namorado e um respiro de civilização em meio a tanta estranheza de costumes.
Tal pai, tal filho: o Rei e o principezinho |
A primeira impressão que tive do
filme, logo aos primeiros minutos, foi a de ver uma peça de teatro
encenada. Os cenários são extremamente detalhados e coloridos, usando e
abusando dos contrates de cor. É tão bonito que dá pra entender porque
Ana logo se encantou por lá. E obviamente existe aquele pequeno prazer
de ver atuações exageradas e que hoje soam caricatas, mas que são grande
parte de se ver filmes antigos. As músicas são realmente bonitas, e
muitas tem coreografias muito bem executadas. O bom humor que permeia
todas as cenas com o rei fanfarrão de Yul Brynner são impagáveis. O requinte é tanto que é possível assistir uma peça inteira de teatro tailandês (para os desavisados, o Sião se transformou em Tailândia) dentro do filme. A cena é tã bonita que eu não resisti a por aqui um trechinho para que vocês vissem.
Achei um pouco de exagero o filme estar entre os 25 grandes musicais americanos de todos os tempos. Mas ainda assim, considero imperdível.
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