Não. Eu não era muito boa no futebol. Mas joguei partidas épicas de queimado e pique-bandeira. Rompi várias vezes a barreira do som em velozes corridas de bicicleta morro a baixo, tinha habilidade olímpica para amarelinha, pular elástico e posar de estátua. E nem vou mencionar minha agilidade de resposta no vivo ou morto. É claro, que nada disso fiz sozinha, contava com um time de amigos, que ora lutavam ao meu lado, ora eram os rivais a serem superados. Ganhando ou perdendo, sozinha ou acompanhada, as disputas eram sempre épicas. E olha que nós nem recebíamos nada pela vitória a não ser a satisfação de ser o ganhador, daquele dia.
Time "7 de Setembro" conhecido naquele dia como "A Seleção Brasileira" |
Imagina então o quanto era importante para o time de Zuza (Leonardo Pazzini Barcelos), ganhar a Taça Júlio Ramalho. É claro, aquela foi a partida mais épica de todas! E é durante a apresentação desta partida dramática, que Zuza (já adulto e com a narração de Antônio Fagundes), nos apresenta seu time, as qualidades de cada jogador, e o "rigoroso" esquema de treinos, em um campo de barro que tinha seus próprios holofotes (velas), para os longos dias de treino.
Sozinha a narração já conta a história muito bem. Mas, as imagens estão lá para somar. E além da partida em si, bem filmada e com lances incríveis (se você tem menos de 12 anos), traz incursões em sépia de outros momentos da vida Zuza incluem o tom de nostalgia e ingenuidade que o curta pretende evocar. E ainda termina com a mensagem de depois de viver toda aquela emoção da infância, você ainda tem uma vida inesperada pela frente, que nem precisava de um personagem famoso para ter força!
Simples, honesto e verdadeiro Uma História de Futebol, apresenta o verdadeiro futebol que conquista o coração de meninos há décadas. E mostra um ritmo e estilo de vida que literalmente não existem mais. Seja por que você cresceu, seu corpo não tem o mesmo pique, e assim como seus amigos você tem "obrigações de verdade". Seja porque a molecada de hoje em dia está confinada em apartamentos jogando seus video-games. Nada contra, eu tive um video-game, e jogos de tabuleiro, mas estes eram reservados aos dias de chuva, ou quando estávamos doentes e são podíamos sair.
Fico imaginando que histórias épicas da infância, a nova geração terá para transformar em curtas adoravelmente nostálgicos!
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