Assim como minhas companheiras de blog, não sou fã de faroeste, mas a-d-o-r-o uma paródia. Claro que De volta para o futuro III é muito mais do que isso, mas não dá para deixar de se deliciar com as inúmeras citações e brincadeiras com o gênero. Marty McFly é franzino, meio covarde (que ele não me ouça!) e o mais perto de uma arma que ele chegou foi no videogame. Mas dá conta do recado mais uma vez. E ainda tem sangue frio para fazer o moonwalk quando estava prestes a virar peneira. Será que o verdadeiro Clint Eastwood seria capaz de tal proeza???
Se todas as autorreferências possíveis já haviam sido feitas na segunda parte da trilogia, o capítulo final da fantástica viagem de Marty e Dr. Brown precisava mesmo de uma repaginada completada. Ambientada num cenário totalmente diferente dos anteriores, que dava margem a várias sequências de ação (com muito humor, claro), finalmente o garoto tem uma desculpa realmente forte para embarcar mais uma vez no DeLorean - convenhamos que ele poderia ter evitado a prisão do filho de outras formas... Mas agora a vida do amigo estava em risco, e nada poderia detê-lo. Obviamente a tarefa não é tão fácil quanto parece, mas era justamente isso que a gente queria. Afinal, de que adiantaria o cientista vivo e brilhante no futuro sem viver um linda (e improvável) romance com Clara? Ai, o amor...
A tradicional cena do reencontro com a mãe está lá, mas desta vez a presença de Lea Thompson não é tão marcante. Na verdade, seria quase dispensável, mas não se mexe em time que está ganhando, certo? A piadinha com o Frisbee também não é tão bem sacada como os longas anteriores. Portanto, concentre-se no que interessa: McFly lutando contra o tempo para escapar de um duelo mortal e o dilema do doutor ao constatar que seria impossível continuar com a brincadeira de viajar pelo tempo sem ter que enfrentar suas consequências.
Ao se dar conta de que mudou o rumo da História quando evitou o acidente da amada, o cientista resolve destruir a máquina, que "só causou desastres". Disso a gente já sabia, mas dá uma dor no coração pensar em abrir mão de algo grande assim, não é? Mas, no fim das contas, nem doeu tanto assim. Engenhoso que só, Emmett encontrou um meio de conciliar razão e emoção. E ninguém saiu perdendo com a mudança de nome do desfiladeiro Clayton para Eastwood. Mesmo enganosa, a lenda foi mantida, e o melhor: nenhum ator de Hollywood foi ferido durante as filmagens... :)
2 comentários:
Não conhecia o blog até hoje. Gostei muito. Acho que cinéfilo tem que assistir pra falar mal ou bem de um filme. Back to the Future está entre os TOP 10 de Hollywood, e a 3° parte só completa a diversão. Dá pra ver os três em uma sentada só... é só ter tempo. Um abraço.
Você captou direitinho a idéia de formar cinéfilos melhores. Nãoép/ gostar de tudo, mas conhecer para elogiar, se for ocaso, criticar.
ADORO BTTF, a parte 2 é minha favorita!
Obrigada pela visita, sinta-se a vontade para voltar, opinar, discordar, criticar, etc...
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