A Austrália do futuro é um lugar cheio de estradas no meio do nada, e com pouca gente para rodar nelas. Essas poucas pessoas são dividas em 3 grupos, vítimas em potencial, bandidos motorizados e o que restou da polícia. A lei e a ordem tem uma existência mais frágil que o mal ajambrado letreiro na frente do prédio da justiça.
Os vilões em questão são a gangue de motociclistas liderados por Toecutter, que além do vandalismo de sempre, se empenham em uma missão de vingança contra dois policiais. Max Rockatansky (Mel Gibson), interrompeu a fuga desenfreada de um dos membros da gangue. Nightrider, morreu em um acidente de carro durante a perseguição. Ao lado de se parceiro Goose (Steve Bisley), Rockatansky também prende Johnny Boy (Tim Burns) protegido da quadrilha.
Max bem que tenta se afastar, mas os bandidos não conhecem trégua. E no cinema, retaliação gera retaliação. Logo Max se empenha em vingar aqueles que a gangue levou. O único problema, é que entre longos passeios de carro, e escassas perseguições a jornada de vingança do protagonista demora para começar, e tem pouco tempo para se desenvolver. Quando Rockatansky começa seu trabalho ele precisa apenas de uma montagem musical e duas cenas mais longas, para dar conta do recado.
Um filme simples e pequeno em comparação ao tamanho que a franquia ganhou com seus filmes posteriores. Deixando de lado a nostalgia e o saudosismo, Mad Max original contou bastante com a sorte, e com o baixo orçamento, para se tornar a franquia de sucesso que conhecemos hoje.
Estradas no meio do nada, que ligam lugar algum à lugar nenhum! Bem vindo à Austrália pós-apocalíptica! |
Sim, o filme é redondinho e bem produzido. Mas, falha em apresentar seu universo (não se engane, a explicação da situação mundial é a introdução do segundo filme), mas acerta em dar os pontos de partida para temas que as sequencias puderam desenvolver (umas melhores que outras). Também erra no ritmo, ao demorar muito para construir a trama que levará Max à ficar "Mad", deixando pouco tempo para explorar sua loucura. E novamente compensa com o apego aos personagens, que acompanhamos por mais tempo que deveríamos.
Um filme de vingança, com boas idéias de fundo, que chegou no momento certo. Esse é Mad Max, uma produção muito diferente do que o imaginário coletivo absorveu de seu título. Que atire a primeira pedra que não pensa imediatamente em poeira, carros estranhos e no cabelo da tina Turner ao ouvir as palavras "Mad Max".
Se você, como eu, não tinha memórias tão claras assim sobre a franquia (de fato, acho que eu nunca tinha visto o primeiro filme), assista ao longa de 1979. E não fique surpreso ao descobrir um Max Rockatansky e um mundo pós-apocalíptico completamente diferente do que se lembrava.
Leia minha resenha de Mad Max: Estrada da Fúria
P.S.: Preste atenção ao incrível bebê da família Rockatansky. Além de nunca ficar enjoado por passar horas no carro, ele some e desaparece conforme a conveniência da produção. Ou apenas eu tive essa sensação?
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