Guardiões das Galáxias - Vol. 2 (The Guardians of The Galaxy Vol. 2, 2017) tem um estilo diferente do primeiro, mas mantém as mesmas boas características que garantiram o sucesso do primeiro longa: visual estonteante, milhares de referências, elenco afinado e personagens cativantes - tudo isso temperado com muito bom humor e uma carga extra de emoção e sentimentos.
O longa começa já com bastante adrenalina, numa sequência alucinante (divertida, e fofa também) do grupo combatendo um alienígena asqueroso enquanto protegem Groot (voz de Vin Diesel) - isso durante os créditos de abertura! Depois compreendemos que eles estão, na verdade, trabalhando: defendem a fonte de energia dos Soberanos em troca de recompensas. No caso, o pagamento tem a ver com Gamora (Zoe Saldanha): ela decide resgatar Nebulosa (Karen Gillan) para prendê-la por ter ajudado o vilão Ronan (Lee Pace) a quase destruir Xandar no primeiro longa. Mas as coisas começam a dar errado quando Rocket (voz de Bradley Coooper) decide roubar algumas dessas baterias - o que é considerado uma ofensa gravíssima por Ayesha (Elizabeth Debicki), a Sacerdotisa e líder do povo Soberano.
Os Guardiões com Nebulosa (Gillan) refém e a Milano destruída |
Rocket (Cooper) e Yondu (Rooker) andando juntos? |
Mais do que um filme de super-herois, Guardiões das Galáxias - Vol. 2 é um filme que fala sobre relações familiares em todos os níveis. Diferente dos outros de seu gênero, a ação e a trama do arco maior da Marvel (todos sabem que os filmes lançados até agora são peças de um quebra-cabeças gigante, partes de uma grande e única estória, né?) ficam em segundo plano. O fato deles serem seres desgarrados, um bando de excluídos (um tradução bem rasa de outcasts) que se tornam mais do que um grupo de defensores do universo é o foco principal - assim como em uma verdadeira família, todos estão o tempo todo preocupados com o bem-estar do outro, mesmo que não saibam demonstrar isso.
O diretor James Gunn abusa do bom humor quase infantil (aliás, quase todos os personagens tem algo que nos lembra os humores infantis: a teimosia, a inocência, a irresponsabilidade, o medo do abandono) que nos leva a refletir sobre temas bastante pesados, como a definição de família e suas intrincadas relações, com mais leveza. O destaque é fica no ótimo desenrolar da subtrama entre as irmãs Nebulosa e Gamora e no emocionante (e até surpreendente) peso que Yondu ganha nesta sequência. O roteiro, no entanto, poderia ser mais enxuto justamente nesse ponto: em alguns momentos, especialmente na trama principal de Peter e seu pai, nós já sabemos o que vai acontecer e esperamos a ação acontecer. De forma alguma isso arruína o filme; pode ser que alguns momentos soem meio piegas - mas a gente releva porque, veja só!, é isso o que uma família faz.
Com mais drama e menos ação alucinante que o primeiro, Guardiões das Galáxias - Vol. 2 promete agradar a todos os públicos: tem humor e aventura nas doses certas, e o personagens que amamos estão ainda mais cativantes e divertidos. Se você já adorava o Baby Groot ao fim do primeiro longa, prepare-se para morrer com as fofuras (e trapalhadas) dele aqui! Ah, e não saia do cinema tão cedo: são 5 (cinco!) cenas pós-créditos, e elas trazem informações divertidas relativas às consequências desse longa e prometem muitas novidades para o futuro - tem mais alguém aí sofrendo de ansiedade para o novo filme d'Os Vingadores?.
1 comentários:
De todos os filmes que estrearam o ano passado, este foi o meu preferido. É um dos filmes mais divertidos que já vi, gostei muito como se desenvolve a história, o roteiro é muito divertido para pequenos e grandes, em todo momento nos fazem rir. Eu gostei muito a participação de Dave Bautista, ele é um ótimo ator, recém o vi em Blade Runner 2049 é excelente! Quero ver novamente, eu gosto como interpreta o seu personagem, é um filme muito original. Acho que o diretor Denis Villeneuve fez um ótimo trabalho no filme, ele conseguiu fazer uma sequela impecável e manteve a mesma atmosfera. A fotografia é impecável e o elenco é incrível.
Postar um comentário