Piratas do Caribe - A Maldição de Salazar (Pirates of the Caribbean - Dead men tell no tales, 2017) veio provar que o tema ainda não se esgotou. Para sempre capitaneados por Jack Sparrow (criação inspiradíssima de Johnny Depp), a saga tem grandes chances de continuar nas telonas após a chegada de novos personagens.
Baseando-se na história desenvolvida nos três primeiros longas - em sua maior parte - o roteiro amplia a mitologia envolvida: agora o objeto de desejo de Henry Turner (Brenton Thwaine, de Deuses do Egito), filho de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swan (Keira Knightley), é o tridente de Poseidon. Não, você não leu errado. Mitologia grega em Piratas do Caribe?! Dá samba, sim.
Na busca pelo artefato, que teria o poder de acabar com todas as maldições - e libertaria seu pai para sempre do Holandês Voador - Henry vai encontrar ajuda onde menos espera: depois de sobreviver ao encontro com o amaldiçoado Capitão Salazar (Javier Bardem, todo trabalhado no CGI), ele precisa encontrar Jack Sparrow para, com sua bússola mágica, encontrar o que mais deseja.
Obviamente, Jack está em apuros. A sequência inicial, aliás, que mostra como ele foi parar na cadeia (de novo!) é bastante divertida e grandiosa - embora "meio pastelão" e "megalomaníaca" sejam melhores adjetivos. Condenado à morte junto com Carina Smyth (Kaya Scodellario, de Maze Runner), uma moça estudiosa de ciências e justamente por isso considerada bruxa, é salvo no último minuto por Henry e sua antiga tripulação. Com a promessa dela de que sabe encontrar qualquer lugar no "mapa que nenhum homem pode ler" e com o perigoso Salazar em busca de vingança, o capitão Jack Sparrow vai - com perdão do trocadilho - mergulhar de cabeça em uma nova aventura.
Mais empolgante que as sequências anteriores (os longas da franquia não conseguiram chegar nem perto do brilhantismo e divertimento do primeiro, A Maldição do Pérola Negra), o longa peca pelo excesso: que a Disney sabe usar CGI (efeitos especiais digitais), todo mundo já sabe - eles só precisam aprender quando não usar. Rejuvenescimento de atores consagrados parece ser a onda do momento (desculpem, não consigo evitar os trocadilhos), mas nem precisava. O visual do fundo do mar é lindo e assustador como deve ser, mas a cena se arrasta por clichês intermináveis. Menos é mais, gente.
Outro tiro no pé é o novo par romântico, que tenta refazer a química de Will e Elizabeth, porém sem sucesso. Mas os fãs ansiosos por ver as novas estripulias de Sparrow não ficarão decepcionados: o desfecho da trama e a sequente cena pós-créditos deixam ótimas "pulgas atrás da orelha" - que coelhos eles vão tirar da cartola se houver uma nova sequência?
O mérito de A vingaça de Salazar foi resgatar a esperança de que a franquia estava fadada ao fim. Apesar do desempenho irregular, voltei a querer esperar um novo filme dos piratas - e vamos ver até onde esse novo fôlego vai durar.
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