Homem-Formiga e A Vespa (Ant-Man and The Wasp, 2018) estreia nessa quinta - às vésperas das semifinais da Copa - e promete ser um ótimo alívio para a tensão da torcida. Localizado no tempo poucos dias antes dos acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita - parte 1 (lançado também este ano), é aparentemente desconectado da saga - eu disse aparentemente. Na verdade, ele explica porquê o herói não apareceu na briga contra o supervilão Thanos (Josh Brolin). E, bem, ele teve seus motivos.
Cassie (Fortson) é o motivo porque Scott (Rudd) quer se livrar logo do passado criminoso |
Scott Lang (Paul Rudd) está em vias de terminar sua sentença de 2 anos de prisão domiciliar após ter atendido ao chamado de Sam Wilson (Anthony Mackie) para ajudar Steve Rogers (Chris Evans), como é mostrado em Capitão América - Guerra Civil (2016). Como não pode pôr os pés fora de casa (literalmente), ele precisa aproveitar o tempo de forma produtiva. Assim, além de criar várias brincadeiras divertidas para sua filha Cassie (Abby Ryder Forston), ele e seus ex-comparsas estão criando uma firma de segurança - é, você não leu errado. Mas, apesar da boa vontade de Scott em não se meter em encrencas para se ver livre da condicional, os problemas acabam o encontrando. Sempre.
O agente Woo (Park) é um dos melhores novos personagens do longa |
Após uma estranha visão do mundo quântico, ele decide quebrar o gelo e ligar para o Dr. Pym (Michael Douglas). Apesar da mensagem curta e sem sentido, logo Hope (Evangeline Lilly) vai buscá-lo: o pesadelo de Scott com um experimento que ela e o pai conduziam podia ser mais do que apenas uma estranha coincidência. Agora, mesmo que as relações entre os três estivessem bastante estremecidas e que tivessem objetivos diferentes, eles precisarão trabalhar em conjunto antes que o oficial Woo (Richard Park, hilário) descobrisse que Scott tinha violado a condicional. Obviamente, esse seria o menor dos problemas, já que um estranho vilão com poderes de invisibilidade e de atravessar paredes estava no encalço do trio.
A vilã Fantasma (John-Kamen) tem pouco destaque: indícios de nova aparição |
Apostando no humor e no carisma dos atores e personagens (fatores que fizeram o surpreendente sucesso do primeiro longa do super-herói), o roteiro dá a sensação de se apoiar nesse trunfo para se demorar em explicar o que aconteceu com o Homem-Formiga - e porquê ele não foi ajudar os Vingadores - mais do que em desenvolver o ressurgimento da Vespa. Nesse sentido, o filme de Peyton Reed soa quase burocrático e se revela bem mais fraco que o primeiro. Os novos vilões, Fantasma (Hannah John-Kamen) e Sonny Burch (Walton Goggins), não tiveram o destaque que mereciam, mas fica o indício de que eles devem aparecer novamente mais à frente. Nada disso, porém, compromete a diversão e o entendimento de que este é um momento chave para a trama maior, embora possa parecer para os fãs mais "caxias" que este longa é meio lento e deslocado.
Ótima utilização dos poderes de heróis e vilões garantem boas (mesmo que poucas) cenas de luta |
A boa notícia é que, no final, o resultado é positivo. Há boas cenas de luta para os que curtem mais adrenalina, efeitos especiais de primeira qualidade (tanto nos poderes dos super-heróis e vilões, quanto no rejuvenescimento de Douglas e Michelle Pfeiffer - que faz uma participação como a mãe de Hope, Janet) e a impagável participação do trio Luís (Michael Peña), Dave (Tip "T.I." Harris) e Kurt (David Dastmalchian). As pistas para a Parte 2 de Guerra Infinita são pequenas, porém importantes - então vale a pena conferir o filme até as cenas pós-créditos (um adendo: a primeira cena é bem melhor - e mais relevante - que a segunda). Boa pipoca!
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