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Cinema (mudo) é a maior diversão

A primeira vez que vi Metropolis foi na faculdade, já nem lembro mais qual a disciplina. Tenho certeza de que a gente deve ter discutido aspectos formais sobre o filme, desde o embate homem versus máquina até a estética do expressionismo alemão. Aposto que foi muito interessante, mas o fato é que meu cérebro não registrou muito mais coisa do que essas pinceladas. Tinha esquecido até do enredo do longa! Por isso, ao assistir novamente ao filme para este post, não me preocupei com nenhuma destas informações. Decidi que ia apenas curtir e ponto.

E a primeira providência para isso foi  reaprender que é tão legal ver um filme mudo! Eu não lembrava que era tão divertido! Para mim, que costumo prestar atenção aos diálogos, é um exercício muito interessante notar que, em certos momentos, eles não são tão cruciais assim. A importância de um olhar, de um gesto e do restante do visual do filme dizem tanto quanto uma frase de efeito - ou até mais. Quer um exemplo? Só desta vez reparei que os cenários do filme de Fritz Lang são gigantescos (reparem só no gabinete do poderoso Joh Fredersen): todos os homens ali são minúsculos diante da imponente construção. Perdoem o clichê, mas essa imagem vale mais que mil palavras, sem dúvida.

Mas o que mais me impressionou foi a atuação da atriz Brigitte Helm, que interpreta a Maria.  O restante do elenco é competente, mas a participação dela é algo fora do comum. Ela rouba a cena toda vez que aparece e consegue fazer uma transição incrível entre a moça de preocupações humanitárias, quase uma santa, no início, e a mulher-máquina que veio semear a discórdia entre os trabalhadores. É para ver e rever com gosto.

De resto, não pude deixar de achar uma certa graça no fato de a ciência do inventor Rotwang parecer mais um número de mágica. Mas, tudo bem, era 1927. Se Fritz Lang tivesse acesso à tecnologia que um James Cameron tem hoje, aposto que Metropolis deixaria qualquer Avatar no chinelo...

2 comentários:

Daniel Caetano disse...

Não tenho muitas dúvidas disso! :)

Fabiane Bastos disse...

Lendo seu ultimo paragrafo não pude deixar de pensar: como seria Metrópolis hj em dia?

É um exercício de imaginação e tanto. Quem dirigiria? E os atores? Colocadaniel@caetano.eng.brriamos falas?

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