#DevoConfessarQue

A madrasta má, a mais maldvada vilã dos contos de fada

Aproveito a tag do Twitter pra confessar que sempre tive medo dessa madrasta. Fala sério, ela é a mais cruel, louca, vaidosa e odiosa vilã de todas as histórias de contos de fadas. A clássica fala "Mirror, mirror on the wall. Who is the fairest one of all?" precede as maldades desda tresloucada. Ou você acha que querer matar a pobre Branca de Neve por motivo torpe (só porque o Espelho Mágico disse que ela, com os lábios vermelhos como a rosa, cabelos negros de ébano e pele branca como a neve, era a mais bonita de todas) e ainda quer o coração dela dentro de um baú de prata como prova de sua morte é coisa pouca? "Morte lenta e dolorosa para a bruxa!", eu diria. Aliás, fiquei horrorizada de ver como ela torturava seus prisioneiros - ou só eu fiquei chocada com a cena em que ela sai, já transformada em bruxa, pelos calabouços do castelo e zomba do esqueleto que se esticava para um vaso de água do lado de fora da cela? Isso sim é crueldade.

Lógico que nenhuma história contada pelos estúdios Disney mantém a característica original de educar as crianças sobre os perigos da vida. Fica a lição de moral, mas a maioria das maldades são suavizadas (vide outros contos transformados em animações do estúdio, como A Pequena Sereia, que, no original, não tem um final feliz). Os contos pelos olhos de Disney, deveriam incentivar as crianças a perseguir seus sonhos, assim como o próprio Walt Disney. Mas isso também não quer dizer que eu adore os filmes da Disney, muito pelo contrário. Sou uma fã confessa das rpoduções do estúdio, desde os mais clássicos até os mais recentes lançamentos da Pixar, sem contar os filmes que não são animação (exceto, talvez, pelas últimas produções sem qualidade, tipo Hanna Montana e afins).

Além do mais, a história da produção do filme é absolutamente fascinante. Walt Disney já era um produtor de curta-metragens famosos, mas nunca ninguém havia arriscado produzir um longa de animação. Nos extras do dvd duplo dá pra ver a trabalheira e o desafio que foi produzir esse longa. Imagine as dificuldades em criar uma história que prendesse a atenção do público por cerca de 1h30 enquanto eles estavam habituados a uma média de 7min de exibição de animação? Por isso as sequencias são longas, há muitas músicas. Sem contar que, na época, ninguém acreditava no sucesso - o longa quase levou os Estúdios Disney à falência, mas décadas depois, com sucessivos relançamentos em épocas estratégicas (como no período da Segunda Guerra Mundial), acabou salvando os cofres da companhia e incentivando a construção dos parques temáticos e todo o império Disney que a gente conhece hoje. Se Mickey e Pato Donald são os personagens mais famosos, foi esse longa de Branca de Neve quem deu todo o suporte para o império nascer. O que me encanta também são as caracterizações das personagens, especialmente dos Sete Anões, e a fotografia, ainda inspirada em pinturas.


"O que fazer quando se leva um susto? Oh! Cantar?"

O que me encanta também são as caracterizações das personagens, especialmente dos Sete Anões, e a fotografia, ainda inspirada em pinturas. Tudo bem, a Branca é muito artificial (ninguém consegue correr assustada, perdida na floresta, com tanta delicadeza e desenvoltura - além do mais, ele usava sapatos de salto), ninguém consegue convencer esquilos e cervos a limpar uma casa e lavar a louça (eca!), mas a gente deixa tudo isso passar. É tudo tão bonito de se ver... A mina colorida e brilhante dos anões, as transformações sombrias no laboratrio da bruxa, a tempestade, o velório de Branca. Dá pra perceber o cuidado, o empenho e o carinho com que os 32 desenhistas envolvidos no projeto (na época, não era comum ter mais de 10 desenhistas envolvidos num projeto), além da obstinação de Walt Disney em contar uma história mágica. E, convenhamos, conseguir escapar de uma bruxa tão má e chegar aos 73 anos com a mesma jovialidade, não é pra qualquer princesa não.

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