O filme começa com Adam Pontipee (Howard Kell) chegando à cidade para comprar suprimentos para o inverno e tem também um item no mínimo inusitado em sua lista de compras: uma noiva. Acostumado a ter tudo o que quer, ele não desiste de sua idéia e começa a procurar por toda a cidade. Suas exigências são: precisa ser jovem, bonita e trabalhadora. Então ele encontra Milly (Jane Powell), uma moça que mora com o pastor da cidade e trabalha numa pensão, cozinhando para homens famintos. É uma rotinam muito dura para a moça, mas ela trabalha sem reclamar. Porém, farta de ter que cozinhar para tantos homens famintos e rabugentos todos os dias, Milly aceita a oferta de casamento de Adam (como todo bom homem de negócios, ele vai direto ao assunto, mostra os benefícios de se aceitar a oferta e ela não resiste). Somente ao chegar na casa de Adam e lá fica sabendo da verdadeira situação: ele tem mais seis irmãos morando com ele. Ela, que sonhava em cuidar somente de um homem, teria que cuidar dos sete. Sozinha.
Então, ela logo percebe que precisa se impor. E ganha o respeito dos cunhados quando passa a lhes dar dicas de como conquistar garotas - tarefa nada fácil para ela, coitada. Com muito esforço, ela consegue transformar brucutus em cavalheiros. Logo os seis irmão ? conseguem chamar a atenção das moças da cidade na festa de primavera e causam inveja aos outros rapazes. Voltam para sua casa nas montanhas apaixonados e desesperados: o inverno os isolaria do resto do mundo até a próxima primavera. Incentivados por Adam, eles resolvem sequestrar as suas amadas e levá-las para sua casa na montanha. Conseguem raptá-las, mas o plano não sai exatamente como eles previram. Assustadas e revoltadas com a ofensa, as moças ficam sob a guarda de Milly na casa principal enquanto ela põe todos pra dormirem no celeiro - inclusive o marido.
Então ela descobre que está grávida e as meninas se empolgam em ajudá-la. Chegada a priimavera, nasce o bebê e a cidade inteira resolve invadir a fazenda dos irmãos Pontipee para resgatar as moças. Mas elas já estavam apaixonadas pelos irmãos, e não queriam voltar para a cidade. Depois de alguma confusão, enquanto os homens da cidade tentavam resgatar as moças que não queriam ser resgatadas, as seis moças casam-se com os outros seis irmãos e todos vivem felizes para sempre.
Se depois de ler essa breve sinopse você não teve interesse de ver o filme, talvez o que eu venha dizer vá mudar sua opinião. O filme é divertidíssimo! Até eu fiquei meio receosa quando descobri que era uma comédia romântica musical, mas me deliciei com as várias cenas de dança e o enredo da história. Além de ter tiradas ótimas (como a que o personagem Adam faz ao comparar o fato de estar apaixonado a ser acometido por sarampo) e um tanto de ingenuidade típica dos filmes produzidos na época, é uma boa fonte de reflexão sobre o papel da mulher na família, na construção de uma civilização; uma olhadela nos primórdios da colonização americana. As cenas são todas muito bem coreografadas, a produção muito rica e bem elaborada. Uma ótima pedida para um sábado preguiçoso. Sem sombra de dúvidas, Sete noivas para Sete irmãos (Seven brides for seven brothers, 1954) é a comprovação da minha teoria: qualquer história, mesmo as mais simples ou batidas, se for bem contada pode render um bom filme.
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