Talvez esse seja o filme mais maltratado da série. Também, pudera: deixou a desejar. Ok, entendemos que o roteiro pode (e deve) ser mais enxuto que o livro, mas muita coisa ficou de fora nessa adaptação para as telonas. Bom, particularmente eu gostei do resultado, mas não adorei. confesso que esperava bem mais de dois pontos cruciais do livro, fiquei decepcionada mesmo. Mas as sequências de ação são muito boas e a parte cômica foi muito bem explorada (aliás, acho que esse acabou sendo o foco do filme). Mas, vamos começar do começo.
Harry Potter e o enigma do príncipe (Harry Potter and the half-blood Prince, 2009) começa triste: Sirius Black está morto, Harry (Daniel Radcliffe) sentiu na pele que não está nem perto de ser páreo para Voldemort (Ralph Fiennes): se não fosse Dumbledore (Michael Gambon), o Lorde das Trevas teria finalmente conseguido matá-lo. Bom, estavam todos salvos e agora o ministério já não implicava mais com os dois. Restava descobrir agora uma forma eficaz de acabar com a ameça chamada Voldemort. Dumbledore já vinha pensando nisso faz tempo, vendo e revendo todas as suas lembranças sobre Tom Riddle (Hero Fiennes Tiffin quando criança, excelente, e Frank Dillane quando jovem). Havia apenas uma pequena falha, uma lembrança alterada do professor Horácio Slughorn (Jim Broadbent, um querido). E Dumbledore precisa que Harry consiga essa lembrança intacta para solucionar o problema.
Mas não é só Harry quem tem uma missão especial esse ano: Draco Malfoy (Tom Felton, que fez seu personagem amadurecer bastante desde o primeiro filme, mas sem perder a empáfia e... carisma, posso dizer) também recebeu ordens de Você-sabe-quem para dar cabo de algum plano. Algo que não se sabe o que é a princípio, mas que deve ser muito perigoso. Tanto que temos uma Narcisa (Helen McCrory, correta) implorando pelo auxílio de Snape (Allan Rickman, nem vou mais rasgar seda pra ele) - o Voto Perpétuo não é brincadeira, e não foi à toa que ele jurou proteger o menino. Sabendo dos planos de Voldemort, foi necessário também para que ele ganhasse a confiança de Bellatrix (Helena Boham-Carter).
Enquanto tenta achar um jeito de se extrair essa informação do novo professor de Poções - sim, pela primeira vez um professor novo entra para um cargo que não seja o de Defesa contra as Artes das Trevas (que ficou com Snape, finalmente), Harry vive dias de certa tranquilidade no colégio: quadribol, garotas, provas. Aliás, agora ele parece querer realmente estudar, uma vez que seu sonho de ser auror (e que não fica explicado no filme, diga-se) é possível. Draco não tem dias tão felizes, muito pelo contrário: a tarefa que Voldemort lhe encarregou foi a de matar Dumbledore. Suas tentativas frustradas quase resultaram em mortes acidentais (a de Rony [Rupert Grint] inclusive) - mas nem chegaram perto de ameaçar o diretor de Hogwarts. A pressão sobre o jovem Malfoy, de ter que terminar a tarefa e ainda conseguir arrumar uma forma de trazer os Comensais para dentro do castelo no momento oportuno estavam acabando com o garoto. Dá até pena dele.
Então o filme segue num ritmo constante, alternando boas sequencias de humor (gosto muito do Rony bêbado de Poção do Amor, do "barraco" Hermione-Lilá na enfermaria e do Harry doidão de Felix felicis, a Sorte líquida) com doses concentradas de tensão (o colar enfeitiçado, a quase-morte de Rony e Draco ferido pelo Sectumsempra de Harry foram cenas bem fortes). Então, eu esperava muito sobre os embates finais: Harry e Dumbledore descobrindo uma horcrux juntos, a morte de Dumbledore, os Comensais no castelo, Harry enfrentando Snape pela primeira vez. Devo dizer que esperava isso tudo porque tinha lido o livro. O que ouvi de pessoas que só acompanharam a saga pelos filmes foi de ficarem absolutamente perdidas nesse pedaço.
Aí fica a minha decepção. Esperava muito dessas cenas cruciais, e elas não foram impactantes como deveriam. Os efeitos especiais dentro do esconderijo da horcrux (inferi e fredemoinho de fogo) são impressionantes, Michael Gambon fez Dumbledore ser frágil e forte na medida certa que o personagem precisava, Alllan Rickman e Tom Felton deram um show na cena da morte de Dumbledore... Mas faltou alguma coisa, algum mojo. Tudo foi muito corrido. Não deu tempo de absorver tudo. E o mais decepcionante pra mim foi o enfrentamento de Harry e Snape, que nçao teve o mínimo peso na trama. No livro me pareceu muito importante aquele duelo, as palavras gritadas, a posição de Snape perante o ocorrido (ainda existia a dúvida sobre sua lealdade - afinal, seria ele mesmo um traidor ou tudo era parte do plano?).
Como havia dito antes, esse é o mais controverso filme da saga. Apesar da direção segura, das boas atuações do elenco, de ter se fixado num roteiro ágil e que contava a história principal de forma coerente, o filme é uma decepção. Todos esperavam mais. Um primeiro beijo de Harry e Gina (Bonnie Wright) mais empolgante, mais emoção na morte de Dumbledore, mais tempo para entender o que são as horcruxes, digerir que o príncipe na história é Snape (e toda a história por trás disso, que era por causa da mãe dele e não porque ele queria ser especial no mundo bruxo). Pra mim não chega a ser uma desgraça, mas que ficou devendo... Ah, ficou. E parece que David Yates percebeu isso, e resolveu se redimir em "As relíquias da morte parte 1". Mas isso já é história pra outro post...
Harry Potter e o enigma do príncipe (Harry Potter and the half-blood Prince, 2009) começa triste: Sirius Black está morto, Harry (Daniel Radcliffe) sentiu na pele que não está nem perto de ser páreo para Voldemort (Ralph Fiennes): se não fosse Dumbledore (Michael Gambon), o Lorde das Trevas teria finalmente conseguido matá-lo. Bom, estavam todos salvos e agora o ministério já não implicava mais com os dois. Restava descobrir agora uma forma eficaz de acabar com a ameça chamada Voldemort. Dumbledore já vinha pensando nisso faz tempo, vendo e revendo todas as suas lembranças sobre Tom Riddle (Hero Fiennes Tiffin quando criança, excelente, e Frank Dillane quando jovem). Havia apenas uma pequena falha, uma lembrança alterada do professor Horácio Slughorn (Jim Broadbent, um querido). E Dumbledore precisa que Harry consiga essa lembrança intacta para solucionar o problema.
Mas não é só Harry quem tem uma missão especial esse ano: Draco Malfoy (Tom Felton, que fez seu personagem amadurecer bastante desde o primeiro filme, mas sem perder a empáfia e... carisma, posso dizer) também recebeu ordens de Você-sabe-quem para dar cabo de algum plano. Algo que não se sabe o que é a princípio, mas que deve ser muito perigoso. Tanto que temos uma Narcisa (Helen McCrory, correta) implorando pelo auxílio de Snape (Allan Rickman, nem vou mais rasgar seda pra ele) - o Voto Perpétuo não é brincadeira, e não foi à toa que ele jurou proteger o menino. Sabendo dos planos de Voldemort, foi necessário também para que ele ganhasse a confiança de Bellatrix (Helena Boham-Carter).
Enquanto tenta achar um jeito de se extrair essa informação do novo professor de Poções - sim, pela primeira vez um professor novo entra para um cargo que não seja o de Defesa contra as Artes das Trevas (que ficou com Snape, finalmente), Harry vive dias de certa tranquilidade no colégio: quadribol, garotas, provas. Aliás, agora ele parece querer realmente estudar, uma vez que seu sonho de ser auror (e que não fica explicado no filme, diga-se) é possível. Draco não tem dias tão felizes, muito pelo contrário: a tarefa que Voldemort lhe encarregou foi a de matar Dumbledore. Suas tentativas frustradas quase resultaram em mortes acidentais (a de Rony [Rupert Grint] inclusive) - mas nem chegaram perto de ameaçar o diretor de Hogwarts. A pressão sobre o jovem Malfoy, de ter que terminar a tarefa e ainda conseguir arrumar uma forma de trazer os Comensais para dentro do castelo no momento oportuno estavam acabando com o garoto. Dá até pena dele.
Então o filme segue num ritmo constante, alternando boas sequencias de humor (gosto muito do Rony bêbado de Poção do Amor, do "barraco" Hermione-Lilá na enfermaria e do Harry doidão de Felix felicis, a Sorte líquida) com doses concentradas de tensão (o colar enfeitiçado, a quase-morte de Rony e Draco ferido pelo Sectumsempra de Harry foram cenas bem fortes). Então, eu esperava muito sobre os embates finais: Harry e Dumbledore descobrindo uma horcrux juntos, a morte de Dumbledore, os Comensais no castelo, Harry enfrentando Snape pela primeira vez. Devo dizer que esperava isso tudo porque tinha lido o livro. O que ouvi de pessoas que só acompanharam a saga pelos filmes foi de ficarem absolutamente perdidas nesse pedaço.
Aí fica a minha decepção. Esperava muito dessas cenas cruciais, e elas não foram impactantes como deveriam. Os efeitos especiais dentro do esconderijo da horcrux (inferi e fredemoinho de fogo) são impressionantes, Michael Gambon fez Dumbledore ser frágil e forte na medida certa que o personagem precisava, Alllan Rickman e Tom Felton deram um show na cena da morte de Dumbledore... Mas faltou alguma coisa, algum mojo. Tudo foi muito corrido. Não deu tempo de absorver tudo. E o mais decepcionante pra mim foi o enfrentamento de Harry e Snape, que nçao teve o mínimo peso na trama. No livro me pareceu muito importante aquele duelo, as palavras gritadas, a posição de Snape perante o ocorrido (ainda existia a dúvida sobre sua lealdade - afinal, seria ele mesmo um traidor ou tudo era parte do plano?).
Como havia dito antes, esse é o mais controverso filme da saga. Apesar da direção segura, das boas atuações do elenco, de ter se fixado num roteiro ágil e que contava a história principal de forma coerente, o filme é uma decepção. Todos esperavam mais. Um primeiro beijo de Harry e Gina (Bonnie Wright) mais empolgante, mais emoção na morte de Dumbledore, mais tempo para entender o que são as horcruxes, digerir que o príncipe na história é Snape (e toda a história por trás disso, que era por causa da mãe dele e não porque ele queria ser especial no mundo bruxo). Pra mim não chega a ser uma desgraça, mas que ficou devendo... Ah, ficou. E parece que David Yates percebeu isso, e resolveu se redimir em "As relíquias da morte parte 1". Mas isso já é história pra outro post...
2 comentários:
Discordo de vc, pq o mais rápido e com corte de cenas cruciais, foi o filme 5, tb de Yates. Ah, sim, e a parte II de As Relíquias da Morte, também, como você bem diz em seu título: Bacana, mas poderia (e deveria) ter sido bem melhor. O título resume perfeitamente o último filme. No qual as cenas de embate deixaram a desejar em comparação com o livro, onde não se explorou o pto forte de revelações acerca de Dumbledore, explicar nuances da vida pós- derrota de Voldemort e mesmo, mostrar com mais exatidão as reais intenções de Snape, e não somente rápidos flashes, talvez p/ quem não tenha lido o livro, tenha ficado confuso. Já viu o desfecho? Aff, sorry, mas odeio o Yates!
Olá, Lilly, obrigada pela visita! :D
Na verdade todos os filmes da saga foram muito editados: há personagens que não aparecem, situações que nem são citadas (como a chatíssima campanha pró-elfos domésticos da Hermione no quinto livro) e muitas outras coisas que não iam caber em filmes de 2h, aproximadamente. Devemos lembrar que o públio alvo, até então, eram as crianças - e crianças perdem o fio da meada muito rápido.
Então o roteiro tem que ser mesmo muito enxuto, e nessa acabam ficando de fora muita coisa que nós, fãs e leitores dos livros, sentimos falta. Ou pior, acabamos não nos identificando com a caracterização de determinada situação/personagem porque imaginamos diferente quando lemos - e aí está a magia da leitura pra mim.
Esse, na verdade, foi o filme que mais senti falta de um entendimento do "filme por si só". Como conhecia a história e já esperava por momentos de clímax, não fui correspondida à altura e acho que pedaços muito importantes foram deixados de lado. Quanto ao último filme, eu gostei bastante - apesar de também não ser exatamente fiel ao livro. Mas isso é assunto pra outro post, e você pode vir comentar quando quiser.
Nosso especial Harry Potter acaba essa semana, com as duas últimas partes de "Relíquias da morte". Espero que esteja gostando ;]
Beijos =D
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