Para Raul Seixas era preciso ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado e a taxa era alta. Para Meliés, entretanto, bastava uma bala de canhão oca para viajar pelo universo. Para nós pode até parecer um tanto nonsense, mas é provavel que pensem o mesmo dos plugs de Matrix, daqui à um século.
Então é simples assim, um conselho de cientistas que se vestem como magos em suas reuniões, escolhem a melhor maneira. Com muita pompa, festa e moças de roupas indecentes (para 1902!) eles embarcam em um implausível mais, extremamente eficiente meio de transporte, para desbravar a Lua (sim com L maiúsculo, pois é uma Sra Lua!).
Não encontram dragão nem São Jorge, mas ainda assim um lugar incrível. Espécimes de cogumelos de crescimento acelerado que só serão vistos novamente na Fantástica Fábrica de Chocolates. Estrelas com faces. E os Selenitas (incríveis acrobatas, que mais tarde fundaram o circo de solei, brincadeira hehehe), um povo com cultura e hierarquia próprias. Pena que o tempo para conhece-los é pouco, afinal é um curta!
Cheios de efeitos especiais revolucionários para a época, ação não falta. Guarda-chuvas capazes de explodir cogumelos e alienígenas. Perseguição, fuga e até um cientista herói que ficou para traz para salvar os outros (viu Bruce Willis!). E ainda tem gente que acredita que cinema, preto e branco e mudo é chato.
Viagem a Lua, tem 110 anos, e ainda assim para quem der uma chance é muito divertido. E apesar de não ter efeitos de última geração como Avatar, trama mirabolante com fundo científico como X-Men, naves incríveis como de Star Wars, mas é genuinamente um pioneiro da ficção-ciêntifica. Tudo isso sem burocracias, protocolos, apenas com um: Boa Viagem, até outra vez!
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