Testemunha de Acusação é baseado na adaptação teatral feita pela própria Agatha Christie de seu conto, porém foi muito ampliada. As cenas cômicas entre Sir Wilfrid e a enfermeira Plinsoll, que não fazem parte da peça, foram acrescentadas ao filme quando os roteiristas souberam que Charles Laughton e Elsa Lanchester (casados na vida real) contracenariam.
Embora publicado originalmente como uma história curta em 1925 com o título "Traitor's Hands". Foi rebatizado por Agatha Christie, como "Testemunha de Acusação", quando foi reeditado em 1930 e 1940 em publicações britânicas e americanas.
Ao fim do filme, à medida que os créditos passam pela tela, uma voz anunciava:
"A administração deste cinema sugere que, para que seus amigos que ainda não viram o filme possam melhor desfrutá-lo, você não divulgue para ninguém o segredo do final de Testemunha de Acusação."
O que condizia com a campanha publicitária do filme; um dos seus pôsteres anunciava:
"Você vai falar sobre ele, mas por favor, não conte o final."
O estúdio onde as filmagens aconteciam tinha um acordo pendurado do lado de fora que todos os que entraram tinham que assinar, prometendo não revelar o final surpreendente.
Nas pré-estréias, membros da platéia recebiam, e foram solicitados a assinar, cartas que diziam, "Eu juro solenemente que não vou revelar o fim de Testemunha de Acusação".
Os esforços para manter o segredo do final não pouparam nem o elenco. O diretor Billy Wilder não deu aos atores as últimas dez páginas do roteiro até o dia em que aquelas cenas fossem ser filmadas. Especula-se que o segredo possa ter custado a Marlene Dietrich um Oscar, já que a United Artists não queria chamar atenção ao fato de que Dietrich estava praticamente irreconhecível como a mulher cockney que fornece as cartas incriminadoras à defesa.
Marlene Dietrich tinha tanta certeza de que seria nomeada ao Oscar por sua performance como Christine Vole que gravou uma nova introdução para a Las Vegas mostrar mencionando a sua nomeação. Ela não foi nomeada.
Este foi o último filme de Tyrone Power, que morreu logo após conclusão.
Una O'Connor foi o único membro do elenco original da Broadway a repetir seu papel no filme.
Há uma conexão com A Noiva de Frankenstein, tanto Elsa Lanchester e Una O'Connor co-estrelaram o clássico de monstro.
Foi refilmado para a TV americana em 1982.
3 comentários:
Adoro esse filme, muito surpreendente. Há até uma foto da Marlene assinando o pacto de silêncio em frente ao estúdio.
Beijos!
Assisti há pouco tempo e gostei muito. É um ótimo filme, com belo roteiro e uma interpretação fantástica de Charles Laughton.
Até mais.
Achei a primeira metade um pouco arrastada, mas toda a sequencia do julgamento compensa. Adorei!
Valeu pela visita pessoal!
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