Então, você revê um filme e descobre que uma cena que tinha gravada na mente simplesmente não existe. ALERTA DE SPOILER - nunca realmente vemos o jovem marinheiro (Jamie Campbell) resgatar Johanna (Jayne Wisener ) da barbearia de Todd (Johnny Depp). Embora em minha mente a cena exista perfeitamente.
Então, você re-lê sua própria resenha de 6 anos atrás e descobre a seguinte frase: "Burton apenas falha ao não amarrar melhor o final da personagem Johana, o que não impede que sua imaginação complete a história". É no mínimo curioso que minha imaginação realmente tenha completado a suposta falha de Burton. Faz pensar que talvez fosse esta a intenção do diretor. Mas Johanna e seu jovem amante são apenas uma pequena parte da trama.
Amantes que só dividem 2 cenas juntos |
Benjamin Barker(Johnny Depp), acusado injustamente e mantido na prisão por 15 anos, finalmente retorna para casa. Para não encontrar sua esposa, e ver sua filha sobre a tutela daquele que o condenou. Sedento de vingança, o barbeiro se associa á atual proprietária de sua antiga casa. Ele e a Sra. Lovett (Helena Bohan Carter), dona de uma loja de tortas, encontram um jeito criativo de aumentar os lucros da loja, enquanto aguardam a oportunidade de se vingar do gananciosos Jui Turpin (Alan Rockman).
E como eles fazem isso? Cantando enquanto promovem um banho de sangue. Sangue em quantidade suficiente para deixar Tarantino orgulhoso. Mas, não se engane, a trama e a atmosfera do musical da Broadway parecem projetadas para se encaixar no estilo gótico e incomum de Tim Burton.
O visual pálido dos personagens e a ausência e cores criada pela fotografia e a direção de arte, usuais do diretor, valorizam o impacto do sangue, única coisa realmente colorida em cena. Além de reforçar a atmosfera de sonho, das curtas sequencias coloridas.
Bem escolhido, o elenco acerta não apenas na tarefa de dar vida aos personagens, mas também em cantar as complexas canções de Stephen Sondheim, mais próximas da ópera do que de musicais da Broadway. É surpreendente ver Alan 'Snape' Rickman, e Sacha Baron Cohen (Borat com cara de Marcos Mion) cantando. E adorável descobrir a dupla disfuncional perfeita que Depp e Carter criam.
Não vai agradar aos "musicais-fóbicos", e provavelmente quem tem medo de sangue. Mas para todos os outros é ótimo musical cheio de suspense e terror.
P.S.: Só fiquei com uma dúvida que, demorei muitas reprises para notar: se o personagem de Cohen finge ser italiano, porque ele se veste como toureiro?
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