Estreia hoje a aguardada continuação - e expansão - da franquia do Serviço Secreto mais famoso da galáxia (com perdão do trocadilho). O universo dos Homens de Preto está em expansão, e MIB - Homens de Preto Internacional (Men in Black: International, 2019) é o primeiro passo da nova empreitada. Nessa aventura, acompanharemos uma nova improvável dupla - o experiente Agente H. (Chris Hemsworth) vai precisar da ajuda da recruta Molly (Tessa Thompson) para resolver um incidente diplomático que pode arruinar toda a vida na Terra - humana ou alienígena.
Agente H. (Hemsworth): o maioral da agência após salvar o mundo em Paris |
Há alguns anos, os agentes da MIB H. e High T. (Liam Neeson) são da sucursal de Londres, mas precisaram ir à Paris quando um portal intergalático foi acionado sem permissão. Sozinhos, os dois precisam lidar com uma possível invasão alienígena sem a ajuda de reforços. Nessa mesma época, em Nova Iorque, a pequena Molly (Mandeiya Flory) tem experiência que vai mudar sua vida: uma pequena e fofa criatura invade sua casa e se esconde em seu quarto, mas os agentes secretos que vêm em sua procura não notam que a garota está ciente do problema - então a criança testemunha seus pais terem as memórias do incidente apagadas por Homens de Preto e se torna obcecada em descobrir quem são.
Molly (Thompson), agora Agente M., é recebida em Londres pelo Agente High T. (Neeson) |
Já adulta, Molly se esforçou para ser ótima aluna e ampliou seus conhecimentos a fim de trabalhar no serviço secreto que ela sabia existir, mas que ninguém lhe dizia qual era. Focada no objetivo de trabalhar para a MIB, ela consegue monitorar uma ocorrência e se infiltrar na agência. Confrontada pela Agente O. (Emma Thompson), ela ganha o cargo de recruta - e sua primeira missão é ir a Londres para um período de testes. Mas a jovem agente M., como passou a ser chamada, não quer só ficar nos treinos - e vai acabar dando um jeito de se aproximar de H. e participar, sem querer, de uma operação muito mais importante do que ela imaginava. Uma dupla de alienígenas assassinos extremamente poderosos estão atrás de Vungus (Kayvan Novak), membro de uma realeza alienígena e que deveria ser protegido pelo Agente H, seu amigo. em sua passagem pela Terra - porém ele carrega um perigoso artefato e diz à recruta que já não pode mais confiar no amigo. Com a possibilidade da existência de um espião na agência, a novata vai ter que descobrir em quem confiar - e como resolver esse problemão que foi parar em suas inexperientes mãos..
M. e H. protegem Vungus (Novak) de aliens assassinos: primeira missão juntos |
MIB: Homens de Preto Internacional tem uma difícil tarefa já de primeira mão: substituir à altura a dupla formada pelos agentes K. (Tommy Lee Jones) e J. (Will Smith). Nesse ponto, a química entre Hemsworth e Thompson funciona muito bem. Ele, aliás, tem se provado um bom ator de comédia, com timming perfeito e completamente à vontade em cena. Tessa cria uma Molly com doses certeiras de inocência e determinação, e sua interação com o novo e maravilhoso universo corporativo intergalático é bem plausível - deslumbramento e eficiência no trabalho fazem com que a gente se identifique com a personagem. Um novo e divertido alienígena mascote é apresentado ao público, e a forma como Pawny (Kumail Nanjiani) é introduzido e se conecta à dupla de agentes H. e M. é muito legal.
O pequeno Pawny (Nanjiani) é o novo mascote: química perfeita com a dupla principal |
Há um certo refinamento do humor (com cutucadas inteligentes no machismo da sociedade e menos coisas gosmentas na tela) e da computação gráfica (cujos efeitos não soam desnecessários), mas a obviedade do roteiro tira um pouco o brilho da trama. A pequena participação de Rebecca Ferguson, como uma alienígena traficante de armas, não interfere muito no resultado final - apesar de ter sequências de ação e diálogos divertidos. O mesmo acontece com as mudanças de locação: tudo poderia ter sido resolvido em uma única cidade, mas talvez para justificar o título "Internacional", arrumaram motivos (bobos) para deslocar os agentes de país. Faltou um pouquinho de conteúdo e surpresa na correta estrutura do roteiro criado por Matt Holloway e Art Marcum, mas nada que tire os méritos do longa.
Viagens pouco justificadas e locações pouco exploradas, mas filme funciona como entretenimento |
Talvez essa sensação que fica ao fim da sessão, de que muita coisa ali não era necessária apesar da gente se divertir ao ver, possa diminuir um pouco a empolgação com MIB - Homens de Preto Internacional, mas é bem possível que o longa de F. Gary Gray agrade ao grande público e garanta a continuidade da franquia. Assim esperamos, pois esse novo trio promete.
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