É vero!

Dramalhão da melhor qualidade!
É por filmes como Rocco e Seus Irmãos que vale a pena participar deste projeto. Um filme de quase três horas de duração, do qual nunca tinha ouvido falar, e com uma sinopse um pouco melosa e exagerada. Logo pensei: não vou gostar! Felizmente, a blogueira que vos escreve não poderia estar mais enganada.

Em muitas cenas Rocco e Seus Irmãos, é sim um enorme dramalhão, exagerado como novela mexicana. O que neste caso em particular não desmerece em nada o filme. Primeiro porque, ao menos em terras tupiniquins, crescemos assistindo aos dramalhões das novelas (algumas até com o jeitão italiano de falar) logo, estamos mais que acostumados ao estilo. Além disso toda familia brasileira que conheço tem um "que" de italiana. Muitos irmãos, dividindo uma casa. Cuidando (e se intrometendo) na vida uns dos outros. Mereçam eles, ou não. Que atire o primeiro prato de massa quem não conhece, ou não faz parte de uma família assim. 

Depois de ficar viuva, a orgulhosa mama italiana Rosaria Parondi (Katina Paxinou, extremamente verdadeira no papel) viaja para capital, ao lado de quatro dos seus filhos, para morar com o filho mais velho Vincenzo Parondi (Spiros Focás), que embora com condições de sustentar a si mesmo e sua esposa, não poderia cuidar de uma família tão grande.


Um a um vamos conhecendo os irmãos Parondi. Literalmente, com direito a legendas que dedicam cada trecho do filme a um irmão, sem interromper a narrativa principal na qual, acompanhamos a luta da família para vencer na vida. Vicenzo, o mais velho, que precisou adiar os planos de casamento para cuidar da família. Simone, o complicado (real ou fictício, sempre tem um, né!), que consegue jogar fora todas as oportunidades que encontra. Rocco, que de tão honesto e dedicado aos irmãos chega a fazer papel de bobo. Ciro (Max Cartier), que só deseja fazer o certo para sua família. E o pequeno Luca (Rocco Vidolazzi).

Entretando é a história conturbada de Simone e as constantes tentativas de Rocco de salvar o irmão que ocupam a maior parte da história. Simone, o primeiro a conseguir um trabalho fixo perde tudo ao andar com péssimas companias e manter habitos ainda piores. Ele é maçã podre que estraga toda uma caixa, ou neste caso, desestabiliza toda a família. Mesmo com os esforços de Rocco para ajuda-lo, seu comportamento não melhora. Nossas mães já diziam, se "passar a mão na cabeça", ele nunca vai aprender. A coisa degringola de vez quando os dois se vêem apaixonados pela mesma mulher.  A protistuta Nadia, tem um tórrido romance com Simone, anos mais tarde encontra o amor verdadeiro em Rocco, a ponto de abandonar sua "antiga vida".


O triângulo amoroso rege a história, e é magistralmente conduzido por Visconti. Alain Delon, Renato Salvatori e Annie Girardot, respectivamente Rocco, Simone e Nadia dão um show no melhor do estilo dramalhão.  Rocco é tão nobre, que nos irrita por não deixar seu irmão aprender com os erros. E como ele erra! Simone insiste em errar, é o mal carater perfeito.

Rocco e Seus Irmãos é longo, exagerado, os diálogos em italianos parecem estar sempre falados aos berros ou aos sussurros e a história migra da celebração a alegria num piscar de olhos. Mas também é impossível não se identificar com ele. Uma história forte, atemporal e bem contada que nos deliciamos ao acompanhar.

É vero! Eu adorei.

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