M, o vampiro de Dusseldorf (M - Eine Stadt sucht einen Mörder, 1931), é o primeiro filme falado de Fritz Lang. E nós, aqui do Dvd, Sofá e Pipoca já assistimos a outro clássico do diretor, Metrópolis - um dos primeiros filmes da lista. E eu adorei Metrópolis. Mas não posso dizer o mesmo de M, o vampiro.
A história é boa, mas me soa muito estranha: uma série de desaparecimentos de crianças acaba levando a população da cidade à histeria; grupos se organizam na caçada ao "monstro", polícia, e bandidos recrutam para dar cabo do assassino. Ele é descoberto pelos mendigos recrutados pelos bandidos e encurralado num prédio comercial; capturado, é levado a "julgamento" popular, onde todos votam a favor de sua morte após o homem confessar sua culpa.
O roteiro é bom e, como a maioria dos filmes em preto e branco, a fotografia e o jogo de luz e sombra tornam as cenas mais impactantes. Mas, no geral, achei confuso. A narrativa e algumas interpretações ainda estão impregnadas pela teatralidade do cinema mudo. E, apesar de ser um filme falado, não há sons externos. Portanto, em longas sequencias, fica somente o visual - sem absolutamente nenhum outro som. E o silêncio incomoda. Bom, talvez tenha sido proposital, ou apenas uma questão de ainda estar se adaptando à nova tecnologia. Mas me incomodou muito.
E o filme parece confuso também por seu final inconclusivo: após ter sido "condenado" pelos populares, foi levado a julgamento na corte. Mas sua sentença (após especulações de que poderia ser solto ou inocentado dos crimes durante o julgamento no prédio abandonado) não é mostrada. Será que ele foi mesmo preso? Ou será que foi absolvido por sua doença? Como disse a mãe chorosa ao fim do filme: isso não muda nada, isso não trará as crianças de volta. Mas bem que eu gostaria de saber o que aconteceu. A propósito: que tem a ver "vampiro nessa história?
1 comentários:
Tem um motivo sim, para ter vampiro no nome. Fique ligado nas curiosidades do filme, essa semana no DVD, sofá e pipoca.
Bjs
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