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Faroeste dos bons


Antes de qualquer coisa, queria deixar bem claro que não sou fã de faroeste. Tenho uma certa preguiça com o gênero, a meu ver, muito repetitivo. Então, como explicar que Rastros de ódio tenha prendido tanto minha atenção, mesmo tendo começado a assistir ao filme às duas da manhã? Juro, nem cochilei, e olha que eu faço isso sempre. Respostas: a) o filme é bom mesmo; b) preconceitos estão aí para serem quebrados, não é mesmo?

Claaaaro que há alguns senões aqui e ali, falta um pouco de contextualização à história, e explicar o motivo de tanto ódio e tanto medo seria de bom tom. Nada grave, até porque dá para pegar essas informações nas entrelinhas. Sutileza, diriam alguns. Mas continuo achando que foi economia demais, e tocar no assunto com mais veemência daria ainda mais profundidade à trama. Fora isso, foi bem interessante acompanhar a saga de Ethan (John Wayne) à procura da sobrinha sequestrada pelos temíveis índios Comanches. Imagina uma busca como aquela, que durou longos anos, sem a menor certeza de que a criança estaria ao menos viva. Angustiante é pouco. O tempo inteiro eu ficava imaginando como seria o tal reencontro e qual seria a reação do nosso caubói. Cá entre nós, fiquei um cadinho decepcionada com o final, porque na minha cabeça havia várias possibilidades palpitantes, mas ficamos mesmo com o tradicional. Ok, respeito isso. Foi bonito de se ver.


Mas sabe o que eu mais gostei do filme? Tem senso de humor. E digo isso não só pelas cenas de comédia pastelão que surgem em determinados momentos ou por personagens figuraças como Mose (Hank Worden) e a índia Look (Beulah Archuletta), mas por brincar com certos clichês do cinema (e, por que não, da vida) como a namorada de Martin (Jeffrey Hunter), que, em vez de bancar a mocinha chorosa, parte para o ataque, tasca um beijo apaixonado no amado e diz com todas as letras que quer ficar com ele. Alô, protagonistas de comédias românticas, mirem-se no exemplo!

Vou te falar que também fiquei impressionada com os cenários do filme, belíssimos, e as boas cenas de ação. Por tudo isso, sou obrigada a dar a mão à palmatória e reconhecer que Rastros de ódio não é um amontoado de clichês, como sempre vi os filmes do gênero. Coisa boa essa capacidade que o (bom) cinema tem de surpreender.

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