Ah, mas qual família é normal? Que atire a primeira pedra se você não tem um tio/primo que bebe todas e paga mico em festinhas de aniversário, se não tem um parente que não quer ver o outro nem pintado de ouro ou qualquer outra confusão do gênero. Ninguém é lá muito normal, então não dá pra querer que uma família inteira seja normal.
E vendo os Tenenbaums assim, tão de pertinho, a gente começa a relativizar as coisas: as vezes me pareço com a Margot (Gwyneth Paltrow), calada e incompreendida, às vezes com Ritchie (Luke Wilson, ótimo), frustrado por não poder declarar seu amor, ou ainda como o próprio Royal (Gene Hackman, maravilhoso): de saco cheio de tudo, quer largar tudo pra lá - mas não consegue se desvincular da família.
Acho que essa é a grande sacada de Os excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums, 2001): você acaba se identificando com as personagens, mesmo que ache tudo uma grande loucura. É um barato acompanhar a história deles, descobrir o porque de seus traumas, suas dores, vê-los se reunindo, se reencontrando. Coisas hilárias e tristes, tão incomuns que só poderiam realemente existir num roteiro de filme, mas que soam naturais e plausíveis. E ainda dá par se encontrar em cada um dos personagens, inclusive no hilário, esquisitíssimo e obscuro Pagoda (Kumar Pallana) que é fidelíssimo amigo de Royal, mas não pensa duas vezes antes de esfaquear novamente (!) seu patrão.
Antes de assistir Tenenbaums para o blog, já havia tentado em outras duas oportunidades, mas nunca havia conseguido ver o filme até o fim. E minha lembrança mais hilária e antiga é de uma festa à fantasia que fui: lá havi um sujeito vestido de Richie Tenenbaum, com raquete de tênis, óculos escuros e paletó marrom. Lembro de ter identificado na hora o personagem e, quando me perguntaram "mas quem é? e de que filme ele é?", eu pensei "puxa, queria saber mais do filme e do personagem". Falei o que sabia, o nome e de qual filme, mas fui muito genérica. Quase um crime, por ser uma família tão singular e um filme tão interessante. Ainda bem que sempre há tempo para se reparar os erros cometidos em uma vida inteira. Lição aprendida com Royal Tenenbaum.
Acho que essa é a grande sacada de Os excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums, 2001): você acaba se identificando com as personagens, mesmo que ache tudo uma grande loucura. É um barato acompanhar a história deles, descobrir o porque de seus traumas, suas dores, vê-los se reunindo, se reencontrando. Coisas hilárias e tristes, tão incomuns que só poderiam realemente existir num roteiro de filme, mas que soam naturais e plausíveis. E ainda dá par se encontrar em cada um dos personagens, inclusive no hilário, esquisitíssimo e obscuro Pagoda (Kumar Pallana) que é fidelíssimo amigo de Royal, mas não pensa duas vezes antes de esfaquear novamente (!) seu patrão.
Antes de assistir Tenenbaums para o blog, já havia tentado em outras duas oportunidades, mas nunca havia conseguido ver o filme até o fim. E minha lembrança mais hilária e antiga é de uma festa à fantasia que fui: lá havi um sujeito vestido de Richie Tenenbaum, com raquete de tênis, óculos escuros e paletó marrom. Lembro de ter identificado na hora o personagem e, quando me perguntaram "mas quem é? e de que filme ele é?", eu pensei "puxa, queria saber mais do filme e do personagem". Falei o que sabia, o nome e de qual filme, mas fui muito genérica. Quase um crime, por ser uma família tão singular e um filme tão interessante. Ainda bem que sempre há tempo para se reparar os erros cometidos em uma vida inteira. Lição aprendida com Royal Tenenbaum.
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