Cleópatra (Cleopatra, 1963) não é chamado de clássico à toa: um filme dessa magnitude não poderia passar despercebido. Impressionante é o mínimo que podemos dizer sobre ele. Os cenários são luxuosíssimos, os figurinos são impecáveis e belíssimos (as roupas de Cleópatra são lindas e realçam a beleza de Elizabeth Taylor, apesar de ser difícil de acreditar que houve uma rainha egípcia branca de olhos azuis), a quantidade de atores e figurantes em cena surpreende. A cena da entrada triunfal de Cleópatra em Roma, após se casar com o César (Rex Harrison, o melhor em cena) é de deixar qualquer um com os olhos grudados na telinha. Imagine ter que dirigir tudo isso e ainda ser fiel a uma história verídica? O filme também é um ótimo exercício de memória, me fez lembrar dos tempos de escola, quando eu estudava a história do grande Egito e as grandes civilizações. E ficava sempre aquela pulga atrás da orelha: mas foi isso mesmo que aconteceu? Bem, na verdade não. É só pesquisar no Google para ver que a história não foi bem assim. Mas, como enredo de filme, vale. Ou valeria, se fosse melhor explorado e representado.
 Como alguém que você não gosta se infiltra na sua casa e fica nessa mordomia sem que você perceba ou se incomode com isso?
E o que era o Marco Antônio, gente (Richard Burton)? Todo trabalhado no metal, com armaduras uma mais linda que a outra... Mas não conseguiu manter o orgulho depois que abandona a sua legião para fugir com Cleópatra. Aí o filme virou novela mexicana. Seu suicídio me lembrou a prática do harakiri dos samurais - a morte do guerreiro para recuperar ou manter sua honra e dignidade. Mas essa foi a parte mais difícil de acompanhar - o sono já quase me dominava. Um ritmo bem lento e as atuações superficiais e exageradamente dramáticas acabam cansando uma hora. Imagina depois de quase quatro horas de filme!
 Depois que os dois se unem, o filme vira quase uma novela mexicana









3 comentários:
Vi esse filme quando ainda era bem novo, e me apaixonei pelo luxo que ele representa... Voce ta certa quando diz que o roteiro deixou a desejar, realmente não são considerados os filhos de Cléo e Marco Antonio, nem tampouco o choque entre ela e calpurnia (esposa de Cesar, que naquele filminho com Leonor Varela até alfineta a Rainha num banquete)Mas aquela entrada em Roma, oque era aquilo?? Arrepio quando vejo, a música, a multidão gritando e ela lá, toda poderosa trepada naquela esfinge gigantesca!!!Como aquilo saiu do Egito e foi parar em Roma? De qualquer forma, Cleópatra é um dos grandes feitos do Cinema de todos os tempos.. E como diria a sacerdotisa: " Roma o conhecerá vestido de ouro, o oriente o verá coberto de jóias..."
Também esqueci de dizer uma coisa: Ótimo blog, parabéns e adoro filmes épicos (Ben-Hur e os 10 mandamentos)Pena que é dificil conseguir em DVD....Abraços.
Obrigada por nos visitar, amigo! Que bom que esteja gostando do nosso blog =D
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