Mesmo os bons fisionomistas devem ter um certa dificuldade em identificar Toni Collette em sua filmografia. Camaleônica, a atriz se transforma completamente em cada caracterização exigida para os mais variados personagens de sua longa carreira. Já teve que engordar vários quilos 2 vezes e raspar os cabelos por pelo menos 5 vezes. Como ela mesma diz, ela é "uma atriz, não uma estrela. Assim posso atuar em diferentes personagens e não ser reconhecida. Prefiro assim. Quando você é uma estrela, fica mais difícil conseguir papéis diferentes porque você se torna muito identificável. Sei que consigo muitos papéis que outros atores mais famosos gostariam de atuar. Nesses casos, o estrelato pode atrapalhar seus planos."
Nascida Antonia Collette, filha mais velha de um motorista de caminhão e uma vendedora, já demonstrava suas habilidade de atuação aos 11 anos. Fingiu ter uma crise de apendicite tão bem que foi levada à cirurgia por conta atuação convincente. Aos 16anos, começou a estudar atuação e entregava pizzas para se sustentar. A primeira indicação a prêmios como atriz coadjuvante veio com apenas 1ano e meio de estudo.
Sua primeira aparição nas telonas foi no longa Spottswood (1991), mas seu destaque veio com a gordinha solteirona Muriel de O casamento de Muriel (1994). Por essa atuação, a atriz teve que engordar quase 20kg em apenas 7 semanas. Mas por ele, Toni ganhou reconhecimento nternacional e o prêmio de melhor atriz australiana do ano. A partir de Muriel, sua carreira decola. Fez várias participações em filmes americanos, mas sempre em papéis secundários. Sua primeira oportunidade de protagonizar um longa mais badalado foi com Diana and me (1997), um filme em que ela interpreta uma mulher que tem o mesmo nome e nasceu no mesmo dia que a princesa Diana. O filme teve a estranha coincidência de ser lançado à mesma época do falecimento da princesa, o que obscureceu seu lançamento.
Toni, com o fofíssimo Joel Haley Osment: indicação ao Oscar
Seu primeiro grande sucesso hollywoodiano vem com suspense O sexto sentido (1999), do diretor M. Night Shayamalan. Toni interpreta Lynn, a mãe do garotinho que vê gente morta. Seu desempenho foi tão emocionante que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Após outras participações, vieram filmes mais conhecidos como Um grande garoto(2002), com Hugh Grant e Rachel Weizs; As horas (2002), com Nicole Kidman, até chegarmos ao estrondoso sucesso de Pequena Miss Sunshine (2006). O filme foi rodado com um orçamento bem modesto, e conquistou críticos e público em todo o mundo, com direito a várias indicações ao Oscar. Mas quem não se apaixonaria por aquela família e aquela kombi amarela?
Atualmente a triz tem se dedicado à série United States of Tara (2009), um seriado americano em que uma mulher, Tara (Collette) tem que conviver com múltiplas personalidades - praticamente um combo, várias mulheres em uma só. A tarefa não poderia ter sido oferecida a uma atriz menos talentosa, não é? Partindo para a terceira temporada, apenas nas duas primeiras, Tony já deu vida, a uma adolescente, uma dona de casa antiquada, um homem, uma crinaça, sua própria terapeuta, além da protagonista, Tara. As trasnformações em diferentes pessoas são instantâneas e impressionantes. Por sua atuação na série, Toni ganhou seu primeiro Emmy Awards e o Golden Globe de atriz em comédia ou musical.
Casada, mãe de 2 filhos, aos 38 anos é uma mulher bem sucedida e uma atriz de talento inegável. Eu, que já era fã desde que vi O sexto sentido, fiquei muito mais fã ainda. Que venham mais filmes, e mais personagens cativantes pra gente se apaixonar ainda mais por Toni Collette!
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