Antes de começar essa resenha, vale lembrar: quanto mais você gosta de um filme, mais difícil é resenha-lo. Afinal, é difícil apontar defeitos em algo que você gosta. E A Noviça Rebelde é um dos meus favoritos. Mesmo assim, vamos começar!
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Por incrível que pareça, baseado em uma história real. Maria (Julie Andrews), uma noviça travessa, vai ser governanta de um viúvo com sete filhos. O Capitão Von Trapp (Christopher Plummer) rege sua casa como um navio, e seus filhos como tripulantes. Mas Maria quebra o gelo, reaproxima pai e filhos, e claro, deixa os votos de lado por um romance. Tudo isso usando a música como ferramenta, em um cenário histórico tenso. Os nazistas estão chegando à Áustria.
O filme tem quase 3 horas de duração, e intervalo para trocar o rolo de filme. Sim é um longa de outra época, quando era comum se dedicar durante toda uma tarde a um só filme. Isso dá tempo para desenvolver a história de uma forma diferente da correria atual. Assim podemos conhecer Liesl, Louisa, Friedrich, Kurt, Brigitta, Marta e Gretl, ao invés de apenas um "bando genérico" de crianças.
A única falha é a mudança do Captão Von Trapp, que leva cerca de meia música para se transformar de capitão autoritário em pai amoroso. Mas, tudo é feito com tanto charme e carisma, que a velocidade deixa de ser importante.
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Só mesmo com charme e carisma, para abordar um tema complicado como a invasão nazista, sem perder a magia. Outro dilema é vivido pela própria Maria divida entre o amor e o dever com a igreja. Apesar dos vários temas, o roteiro não deixa pontas soltas. E até se dá ao luxo de repetir canções, o que aliais ajuda na tarefa de enfrentar a tensão, sem perder a magia.
Outros pontos fortes são os cenários grandiosos, e os belos figurinos, bonitos até quando feitos de cortinas velhas. E por último, logo mais importante, a música que transcendeu a barreira da tela. Muitas delas fazem parte do imaginário coletivo.
Sim. A Noviça Rebelde é um filme de uma outra época. Quando o "fazer cinematográfico" tinham um ritmo e estilos diferentes. Ainda assim, sobrevive ao teste do tempo e ainda é divertido. Por isso é um clássico!
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