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Vai ser difícil esquecer

Sentinelas com habilidades mutantes são responsáveis pela quase aniquilação dos mutantes no futuro
X-Men - Dias de um futuro esquecido (X-Men - Days of a future past, 2014) é um filme que chegou num momento crítico: depois de uma primeira trilogia na primeira década dos anos 2000 que foi um sucesso de bilheteria, mas levou muita bomba da crítica especializada, e do sucesso do reboot com X-Men - Primeira Classe, Brian Singer tinha em mãos um produto delicado. Precisava acertar na mosca para espantar as críticas ruins e ainda manter o alto padrão do filme anterior. Todos estavam ansiosos e apreensivos quanto ao resultado, mas o diretor acertou em cheio. Dias de um futuro esquecido chegou para arrematar a primeira trilogia, linkar os personagens com o Primeira Classe e engatar a primeira para o filme seguinte (fique até o fim dos créditos, a já sabida cena pós-créditos põe na mesa o trunfo guardado para a sequência - e quem conhece os quadrinhos fica doido nessa hora). Particularmente, eu curti muito.

A última linha de defesa
O filme começa tenso. O cenário é catastrófico e a explicação vem em narração off: os Sentinelas, robôs criados para identificar e eliminar a raça mutante, acabaram saindo do controle e eliminando até humanos que ajudavam os mutantes perseguidos, ou eram passíveis de carregar os genes. Colossus (Daniel Cudmore), Apache (Booboo Stewart), Blink (Bingbing Fan), Bishop (Omar Sy), Mancha Solar (Adan Canto), Lince Negra (Ellen Page) e Homem de Gelo (Shawn Ashmore) aparecem lutando desesperados contra os sentinelas e, um a um, vão perdendo a batalha: agora os robôs tem a capacidade de se adaptar à mutação do mutante que enfrenta e anular os poderes que ele tem. Quando Kitty-Lince e Bishop estão muito perto de serem dizimados, percebemos que aquele era um artificio usado por eles para se protegerem: uma forma de projeção astral levava os mutantes para outro lugar, que combatiam os sentinelas e despistavam sobre o verdadeiro local onde estavam. E isso era necessário, já que a raça mutante estava praticamente exterminada, e até mesmo os humanos que ajudavam aos mutantes ou que traziam traços de possível mutação genética também estavam sendo eliminados pelos robôs como uma ameaça.

Trask (Dinklage): pai dos Sentinelas
Em um local seguro, Magneto (Sir Ian McKellen) e Xavier (Sir Patrick Stewart) decidem que precisam agir. Todo o caos começou lá no passado, e a última medida desesperada para evitar a aniquilação dos mutantes seria desfazer o ato que tornou possível a criação dos sentinelas: a morte de Bolívar Trask (Peter Dinklage, excelente como sempre) pelas mãos de Mística (Jennifer Lawrence,  irreconhecível - e não pela maquiagem pesada). Resta aos mutantes uma saída: enviar Wolverine (Hugh Jackman, já a persona do carcaju) para os anos 1970, alguns dias antes do fatídico dia da morte de Bolívar, para impedir o acontecido. Já de volta no tempo, ele teria que recrutar um jovem e desacreditado Xavier (James McAvoy, espetacular) e um encarcerado e fortemente vigiado Magneto (Michael Fassbender) para tentar pôr algum juízo na cabeça da mutante que tinha em suas mãos a chave para o destino de toda a raça mutante. Não foi fácil.

McAvoy: um dos responsáveis pelo filme ser inesquecível
Recluso em sua mansão desde o acidente na praia, quando perdeu o movimento das pernas, Xavier vive bêbado e infeliz. Sua única companhia é Hank McCoy/Fera (Nicholas Hoult, que merece uma oportunidade melhor pra mostrar o talento que tem), que lhe fornece o soro que permite a Xavier caminhar novamente. O efeito colateral é que Xavier perde todo o seu poder telepático enquanto o remédio faz efeito. Descrente de tudo, ele duvida de Wolverine e sua teoria de "fui enviado por você do futuro para salvar o mundo", mas se rende à possibilidade quando o visitante lhe conta coisas que somente ele sabia. Convencido de que precisa (ao menos) tentar ajudar, Xavier, Fera e Wolverine vão buscar uma forma de resgatar Magneto - que está preso no Pentágono, acusado de assassinar o presidente Kennedy. Mas eles vão precisar de ajuda, e Wolverine sugere que visitem um mutante, um jovem chamado Peter Maximoff (Evan Petters, um achado), capaz de se mover em altíssima velocidade. O pequeno larápio se vê tentado a ir resgatar um mutante de dentro do Pentágono simplesmente pela vontade de se meter em encrencas e não ser pego por ninguém.

Uma das melhores sequências do filme
Com Magneto libertado, cabe a Wolverine e Fera esperarem os ex-amigos resolverem suas diferenças, ou ao menos encontrarem um motivo para trabalharem de novo em conjunto. O amor/amizade que tem por Mística é esse elo que faltava; agora falta pouco tempo para que o fatídico dia do assassinato de Trask ocorra. O quarteto precisa correr para impedir que Mística assassine o cientista e seja capturada, pois foi desse ato que os militares conseguiram extrair material de DNA suficiente para a produção dos futuros sentinelas mutantes. Mas Mística parece estar sempre um passo a frente deles, e com Xavier em más condições de controlar seus poderes (ainda chapado pelo soro e por álcool no sangue), fica cada vez mais difícil de se evitar as engrenagens do destino de funcionarem.

Filhos de encrenca, encrenquinhas serão?
Sem querer estragar o filme contanto spoilers (ei, pessoal, tem muita gente que não leu os quadrinhos!), vou parar de contar sobre a estória agora e falar das minhas impressões do filme. O roteiro é bem bacana e consegue a mágica de juntar quatro filmes anteriores - relacionando personagens e consequências das histórias apresentadas - e ser um ótimo filme de ação, com doses acertadas de efeitos especiais e humor balanceando o tom crítico e apocalíptico que a saga mutante carrega. O diretor conseguiu se redimir dos 3 fiascos de produção heroicos que teve antes (X-men 1 e 2, além do Superman da DC, todos fracassos de crítica) e se fiou no talento de McAvoy e na dedicação de Jackman ao seu personagem. As piadinhas, principalmente envolvendo o esqueleto de adamantium do Wolverine e o suposto envolvimento de Magneto no assassinato de JFK, são muito bem vindas e adequadas. A participação de Mercúrio foi bem curta, porém necessária e inspiradíssima: Petters já garantiu participação na sequência da saga e ainda dificultou a vida de Aaron Taylor-Johnson, que vai dar vida ao mesmo mutante no próximo filme dos Vingadores.

Mística (Lawrence): maquiagem incomoda
Apesar de algumas mudanças a partir da história original (normal em adaptações para a telona), tudo funciona direitinho. Minhas únicas críticas são para o poder telepático esquisito que deram à Kitty - estranho ser ela a conduzir essa viagem no tempo, mas compreendo que quiseram manter a importância dela nessa história por ter sido ela quem originalmente foi enviada ao passado - e à questão Mística. Tava em falta o azul bonito que usaram para a maquiagem da pele dela no filme anterior? O azul canetinha ficou feio, e a peruca também tava horrível. Além disso, J.Law, minha queridinha, parecia preguiçosa/desconfortável ao interpretar a mutante quando usava a maquiagem. Nada que realmente abale o sucesso que o filme fará. Quanto ao que nos espera no próximo filme? Aguardo ansiosa pelo Apocalipse.

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